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Trabalho continua a ser tópico importante aqui

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Tudo começou com um desabafo. Numa mudança de rumos de carreira, uma das nossas mulheres está enfrentando um ambiente de trabalho hostil, em que tudo pode ser usado contra ela. Isso depois de trabalhar com outras pessoas do nosso grupo e crescer muito.

Ah, o universo do trabalho. Aquele que nos tira da cama, nos joga num trânsito violento, nos encaixa em cubículos – e paga os boletos na data escolhida. Passamos a maior parte do tempo útil no trabalho. E, em pleno século 21, com ótimas possibilidades no horizonte, continuamos sujeitas a um esquema criado na Revolução Industrial e aperfeiçoado nos séculos que aconteceram entre então e hoje.

Para completar, a gente lida com todas as variáveis que nos afetam: discriminação salarial, os filhos, a sensação de sermos fraudes (apesar de geniais nos nossos fazeres)… o tópico sempre rende longas conversas no grupo de discussão. E fica aberto aqui para que o público saiba: sim, a gente pensa, fala e imagina como transformar esse cenário.

Daí derivam várias questões que atravessam o nosso convívio – digital e presencial:

  • A capacidade de acolhimento
  • O empreendedorismo que corre nas veias de várias de nós.
  • A questão da qualidade dos ambientes de trabalho
  • Nossas escolhas e atitudes frente à vida

Algumas frases (sem identificação, porque assim ninguém vai saber de quem ou de onde falamos)

O ambiente de trabalho é o mais importante, é o que nos mantém sãos…

Te digo que onde quer que você vá, vai ter sujeira, má vontade, intriga… O esquema só funciona na base do fake ou da rasteira. (sobre o ambiente específico em questão)

“Já falei do lance provinciano que rola por aqui no trabalho e agora enfrento mais um problema, que é bem parecido com o seu: como lidar com gestores que sentem-se ameaçados com o seu trabalho e começam a boicotar suas ideias?

Minha equipe também não me ajuda em nada e faz um tempo que tenho trabalhado só por mim e feito as coisas de maneira diferente para tornar as tarefas mais agradáveis e menos penosas, digamos assim. ”

Se você pode procurar outro lugar, ou mesmo trabalhar sozinha, faça isso.

Pessoas boas e más existem em todos os lugares, e saber lidar com elas (principalmente as más) de maneira inteligente é realmente um exercício diário e sofrido. E isso nos torna muito mais safas e fortes

“quando tive minhas crises [de pânico], tive muita vontade de sumir e parar de trabalhar. mas tenho contas, né? Será que há alguma maneira da gente se proteger disso? de se deixar mais imune? eu não sei. passo tantas horas no trabalho, mais que com meu marido. e penso que ele deveria ser uma continuação da minha casa.”

Algumas declarações importantes lá do tópico específico que falam muito sobre o que vivemos.

Sobre empreender:

Montar um negócio mesmo um café, uma loja física, exige muita conta de mais e menos e muita certeza de até onde você pode ir, se não você só perde dinheiro – ganha experiência, isso é verdade, mas estou numa fase em que perder dinheiro não é opção.

Sobre lideranças:

Uma coisa que eu venho aprendendo na vida é o quanto as lideranças impactam na cadeia do negócio. É muito difícil um ambiente ser amoroso se o líder não o é. É muito difícil um ambiente ser agressivo se o líder não o é. O único jeito de isso acontecer é o seu gestor direto ter muita autonomia (pois é ele que vai conseguir filtrar o que vem da liderança e transformar tudo aquilo em alguma outra coisa).

Às vezes é difícil captar se o gestor tem realmente autonomia ou não, até porque ele normalmente tenta esconder o fato de não ter autonomia, mas de repente espelhar-se diretamente nas lideranças do negócio (seja ele qual for) seja o jeito mais fácil de encontrar um lugar bacana.

Outro aprendizado fortíssimo – e talvez uma das minhas maiores bandeiras – é a cultura do feedback. Mas não é o feedback babaca, aquele que só fica alisando. Feedback bom é aquele que incomoda, que faz a pessoa repensar no que ela fez e em como faria diferente. Somos seres pensantes e esse é o nosso forte. Feedback serve justamente para evoluir algo que não está tão legal. E se o seu gestor não é adepto de feedback? Maridão, certo dia, me deu a dica da vida: o melhor jeito de pedir um feedback é dando um. Comece o movimento (nesse caso, de dirigir-se a um superior, com muita educação) e de repente o movimento volta pra você.

Sobre o futuro:

Eu acho que a gente devia criar cooperativas ou espaços de coworking para mulheres lindas e inteligentes, mas falta um inve$tidor para dar um kickstart nessa idéia. Parar com essa me*** toda e criar uma espiral positiva, um novo modelo de negócio que rendesse filhotinhos e se espalhasse pelo país todo atraindo mais pessoas talentosas e do bem.

Como? Essa é a questão central em nossas mesas. Não há uma receita pronta para o bolo. Teremos que testar, inventar – e fazer. Podemos ir juntas. Podemos ir em mini-luluzinhacamp (o que já tem acontecido, de um jeito ou de outro). Existem mil jeitos de estar no mundo. E nós, no grupo, estamos aprendendo a construir isso. Em breve, as mudanças chegam aqui. 🙂

foto: Pink Sherbet Photography via Compfight cc

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Marissa Mayer será CEO do Yahoo!

Mal acreditei quando vi a manchete no Feedly (um dos leitores de feed que uso): Marissa Mayer, ex-Google, será a nova CEO do Yahoo!. Fiquei extra satisfeita, claro, é porque é uma mulher. E mulheres CEOs no mundo da tecnologia são raras. Mais que isso: esta mulher competente que vai chegar ao quartel general do sofá roxo cercada de elogios – e com uma missão espinhosa, pra dizer o mínimo.

Sim, porque o Yahoo!, pioneiro na interwebs, tá mais perdido que cego em tiroteio. Enquanto Google, Apple, Microsoft e Facebook seguem guerreando pelos muitos pedaços do nosso território digital, o grande portal – que começou como uma lista de links muito útil – cheio de serviços, está à míngua.

E mais: Ela está grávida – e o seu novo “empregador” sabe disso. Seu bebê nasce em outubro e ela vai ser líder de uma empresa que precisa de muitas mudanças. E não, não vamos discutir isso, que é detalhe e problema dela, né? E a nomeação ricocheteou de várias formas, com muitos depoimentos elogiosos.

@mattcutts: NYT reports @marissamayer will be Yahoo’s next CEO: goo.gl/djDO2 Marissa works harder than anyone I’ve ever met + she’s whip-smart. [NYT dá a notícia: @marissamayer sera a próxima CEO do Yahoo. Marissa trabalha mais duro que qq um que conheça e é muito inteligente]

Larry Page, CEO e cofundador do Google, disse: “Desde sua chegada ao Google, um pouco mais de 13 anos e como empregada #20, Marissa foi uma campeã incansável dos nossos usuários. Ela contribuiu para o desenvolvimento de nossa pesquisa, geo e produtos locais. Sentiremos falta de seus talentos no Google”.

Eric Schmidt, do Google, também soltou a sua declaração: “Trabalhei com Marissa por muitos anos, ela é uma pessoa excelente, muito inovadora e é uma verdadeira perfeccionista que sempre quer o melhor para os usuários. Yahoo! fez uma boa escolha e estou pessoalmente muito animado para ver outra mulher se tornar CEO de uma empresa de tecnologia. Muitas felicidades para Marissa e Yahoo!”.

Boa sorte pra Marissa – e que a gente veja, logo, uma CEO brazuca nas manchetes.

Com citações recolhidas pelo Google Discovery

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Mulheres no Espaço

Edwin Aldrin na Lua, fotografado por Neil Armstrong.

Dia 20 de julho passado fez 39 anos que os primeiros homens pisaram na Lua. Neil Armstrong parou à porta da Apollo 11, preparou o salto e proferiu a famosa frase: “Este é um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”. Edwin Aldrin desceu em seguida.

Entre alguns documentários sobre a conquista do espaço exibidos esta semana, estranhei uma coisa: cadê as mulheres astronautas?

Bem, elas não são tão famosas quanto os homens, mas existem!

A antiga União Soviética foi pioneira nesta etapa da corrida espacial. Em 16 de junho de 1963, Valentina Tereshkova, então com apenas 26 anos, tornou-se a primeira mulher astronauta. A bordo da Vostok 6, Valentina deu 48 voltas ao redor da Terra, ficando no espaço por 2 dias, 22 horas e 50 minutos.

Somente dezenove anos depois, em 1982, uma segunda mulher foi ao espaço, também pela ex-União Soviética: a russa Svetlana Savitskaya viajou a bordo da Soyuz T-7 e permaneceu no espaço por 7 dias, 21 horas e 52 minutos.

Em 17 de julho de 1984, Svetlana participou de nova missão, a bordo da estação espacial Salyut 7. Em 25 de julho, tornou-se a primeira mulher a realizar uma caminhada espacial, dezenove anos após o primeiro homem, o russo Alexey Leonov. A caminhada espacial de Svetlana durou 3 horas e 35 minutos.

Kathryn Sullivan e Sally Ride (à direita), em 10.06.10984. Em 18 de junho de 1983, os norte-americanos finalmente tiraram o atraso, enviando Sally Ride a bordo da Challenger, em uma missão de 6 dias, 2 horas e 23 minutos.

Em 2007, a norte-americana Peggy Whitson tornou-se a primeira mulher a comandar uma equipe na Estação Espacial Internacional. Peggy é a mais experiente astronauta da NASA (homens inclusos), com quase 377 dias passados no espaço.

Outras 47 mulheres, quase todas norte-americanas, já foram ao espaço. A relação inclui três baixas: Judith Resnik (morta no desastre da Challenger em 1986), Kalpana Chawla e Laurel B. Clark (mortas no desastre da Columbia em 2003). A participação feminina é bem pequena – a lista completa de astronautas inclui quase 500 nomes.

Ao contrário da Liliana, eu nunca quis ser astronauta, embora tenha desejado fazer Astronomia por um curto período, lá pelos meus 12 ou 13 anos. Levando-se em conta que até outro dia eu enjoava em avião, sempre preferi manter os pés bem firmes, enquanto a imaginação passeia pelas estrelas.

Imagens: Edwin Aldrin na Lua, fotografado por Neil Armstrong (NASA);
Kathryn Sullivan e Sally Ride (à direita), em 10.06.10984 (NASA).