Categorias
Opinião

Luluzinhas aprendem a manejar dinheiro

Julia Reis e Marcelo (Pergunte ao Urso) foto: Caio Novaes
Julia Reis e Marcelo (Pergunte ao Urso) foto: Caio Novaes

No último LuluzinhaCamp sorteamos dois cursos de educação financeira do Disop, oferecidos pelo Dinheirama. Infelizmente, uma das sorteadas não conseguiu ir. Mas foi uma delícia escutar o que a Júlia Reis aprendeu por lá:

O curso é bacana, com uma abordagem mais motivacional do que técnica.

E ainda ganhei uma moedinha dourada porque participei de um teatrinho para simular uma compra de celular. Um senhor ainda chegou a dizer que eu deveria ser atriz – ou comediante.

Saí de lá atualizando minhas planilhas de excel com gastos diários e crente que eu vou conseguir guardar dinheiro na vida – mesmo sendo jornalista, blogueira e crescido num período de master inflação. Parece então que o curso funcionou, né?

A metodologia do Disop é baseada em 4 pilares: Diagnóstico, Sonho, Orçamento e Poupança. Eles não te dizem onde investir o dinheiro, por exemplo. Mas mostram como é possível juntar uma grana para seus sonhos – viagem, casamento, casa na praia, etc. – mesmo que você tenha um orçamento curto. As simulações de juros sobre juros são legais para pensar em guardar dinheiro pra comprar um imóvel à vista ou para atingir um objetivo.

Alguns exemplos são claros: Se a gente consome R$ 30 em pizza toda semana, em 30 anos teremos deixado mais de R$ 500 mil com o pizzaiolo. Isso não quer dizer que devemos deixar de comer pizza, mas mostra que é possível juntar grana para uma independência financeira, né?

(E economizar em besteiras, claro: 500 mil em pizza, tô em choque até agora…)

Uma dica bacana é baixar as planilhas no site para controlar nosso orçamento e gastos: http://www.disop.com.br/secoes/downloads?menu
Há uma somente para simular os rendimentos do dinheiro poupado ao longo dos anos, com as fórmulas já prontas graçasadeussss!

As outras Luluzinhas, claro, não deixaram por menos e a conversa ficou tão legal que a gente combinou de publicar aqui (e o post ficou nos rascunhos por mais de mês, que vergonha!)

Categorias
Dicas

Luluzinhas indicam: Filha, mãe, avó e puta

Puta finalDiretamente do site da Editora Objetiva, só pra avisar: tem lançamento do livro esta semana em São Paulo e no Rio:

Sampa: 27 de abril, às 19 horas na Livraria da Vila – Al. Lorena, 1731, Jardins.

Rio: 29 de abril, às 19 horas, na Livraria da Travessa – R. Visconde de Pirajá, 572.

Quando decidiu virar prostituta, no início dos anos 70, Gabriela Leite estudava Filosofia na USP, curso para o qual havia passado em segundo lugar. Ex-aluna dos melhores colégios paulistanos, leitora de Machado de Assis, Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, tinha um emprego de secretária e morava com a mãe. Foi observando a rotina das mulheres que trabalhavam nas boates próximas aos barzinhos que freqüentava nos arredores da faculdade – nos quais chegou a dividir mesas com o dramaturgo Plínio Marcos, o compositor Chico Buarque e o diretor teatral Zé Celso Martinez Corrêa –, que Gabriela sentiu-se atraída por aquele universo. Movida pela “curiosidade e pelo desejo de uma revolução pessoal”, optou pela vida de prostituta do baixo meretrício, que assumiu sem qualquer constrangimento.

Neste livro, Gabriela conta em detalhes sua surpreendente trajetória, que culminou com a criação da famosa marca de roupas Daspu e da ONG DaVida, símbolos hoje reconhecidos internacionalmente pelo trabalho irreverente e ousado na luta contra o preconceito e a discriminação da classe. Com franqueza e coragem, a autora fala de todos os tabus que povoam e aguçam a curiosidade do imaginário coletivo em torno da rotina das prostitutas. As fantasias sexuais dos clientes, o contato forçado com o sadomasoquismo, a relação com homens casados e cafetões, o uso de drogas como atenuante da rotina, a repulsa a clientes, orgasmo, tudo isso é abordado pela autora com absoluta naturalidade.

Filha de um crupiê e de uma dona de casa de classe média, aluna dos melhores colégios públicos paulistanos, Gabriela conta que encontrou uma vida bem diferente daquela que imaginava quando decidiu ser prostituta. Desde quando começou a receber os primeiros clientes em 1973, num quartinho apertado na Boca do Lixo de São Paulo, até sua chegada à Vila Mimosa, famosa zona de prostituição carioca onde morou por mais de dez anos, a autora passou por momentos de perda e solidão e teve que encarar seus próprios preconceitos.

“O maior preconceito é porque trabalhamos com sexo. Sexo é o grande problema, é o grande interdito das pessoas. E nós trabalhamos, fundamentalmente, com fantasia sexual, esse é o verdadeiro motivo da existência da prostituição. É um campo imenso. É uma babaquice dizer que só puta vende o corpo! E vender sua cabeça, quanto custa? O operário vender seu braço, quanto custa? Todo mundo vende sua força de trabalho, que está com seu corpo. Existe uma tendência de alguns estudiosos de se declararem a favor das prostitutas e contra a prostituição. Um contra-senso geral e total”, diz Gabriela.

Gabriela defende com sua ONG o reconhecimento da prostituição como profissão. É casada com o jornalista Flavio Lenz, irmão da poeta Ana Cristina César.

Categorias
Notícias

Clarinha Gomes, Luluzinha, na final de concurso de música

Todo mundo sabe que eu sou fã da Clarinha Gomes – e quem não sabe, fica sabendo… A moça, além das ótimas tirinhas também compõe e canta, vejam. E sua música está na final do concurso de composição do Leoni (gente, ele ainda existe?). Votem, votem, votem. O som é maravilhoso.

Categorias
Notícias

Rita Levi Montalcini: 100 primaveras e contando

Rita Levi Montalcini
Rita Levi Montalcini

Eu soube de Rita Levi Montalcini, pela primeira vez, no blog do Saramago. Hoje a Sandra Goraieb publicou um texto lindo sobre esta mulher centenária e lutadora. Um exemplo de vida para todas nós.
Com vocês, o texto da Sandra, que autorizou a publicação.

Ela atravessou um século de conquistas e transformações, de horrores e grandes guerras e amanhã completa cem anos. Rita Levi Montalcini nasceu em 22 de abril de 1909. Médica, professora, prêmio Nobel em 1986 pela descoberta do Nerve Grown Factor.
Sobre ele ela diz: “ Cheguei ao resultado com a sorte e a intuição. Encontrei o NGF porque o procurava com grande convicção. Tinha certeza de que existisse. Aquela descoberta derrubou a ideia que o sistema nervoso fosse estático e programado geneticamente.”
Confessa nunca ter-se apaixonado. “Tive grandes amizades, profundas, mas amores verdadeiros, nunca. Meu pai, um homem vitoriano, achava que eu e minhas irmãs deveríamos ser educadas para sermos mães e esposas. No fim permitiu que freqüentasse a Universidade. Foi uma grande vitória!”
Sobre o mal afirma: “O mal é o desejo excessivo do próprio bem-estar e desinteresse pelo bem comum”.
Sobre o século XX: “ Durante este século tivemos grandes sucessos científicos, sociais e também grandes horrores. “
Sobre racismo e antisemitismo: “ Não é a consequência de um destino genético, mas de desenvolvimentos epigeneticos, culturais. Tudo começa no período formativo, nos primeiros 5 anos de vida da criança, que recebe uma série de ensinamentos e informações do tipo: você é de raça superior (ou inferior), etc… Não existem raças, só racistas. E são estas superstições que podem (como já fizeram) levar a destruição de seis milhões de pessoas. Os seres humanos são influenciados culturalmente. É por isto que o verdadeiro remédio contra o racismo é a educação.” E continua com um paradoxo: “Não podemos nos dar nunca por vencidos. Eu mesma deveria agradecer as leis raciais por terem me rotulado de “raça inferior” e assim ter me obrigado a trabalhar segregada no meu quarto, onde tinha montado um pequeno laboratório e começado as pesquisas que me levaram ao Nobel.”
Sobre sua idade: «Cem anos? É a idade ideal para fazer descobertas. Nunca aposente seu cérebro. Eu trabalho dia e noite com uma equipe extraordinária. No European Brain Research Institute (EBRI), eu e meus jovens colaboradores estamos aprofundando os estudos sobre o NGF que acompanha o desenvolvimento do ser humano do período pré-natal até a velhice. Estes trabalhos poderão ser úteis para combater as doenças neurodegenerativas e desenvolver um fármaco contra o mal de Alzheimer».

Rita Levi Montalcini sorri e comenta: «O segreto da minha vitalidade é que eu vivo continuamente ocupada na pesquisa científica e nos problemas sociais. Não tenho tempo de pensar em mim mesma.”

Feliz aniversário! AUGURI!

Imagem: Flickr de audrey_sel em CC

Categorias
Notícias

Participe da Revista Deusas #3

Por Lucia Freitas

vintagenib_rf_sxc

No post de lançamento da Edição Especial da Revista, comentamos:

Produzir esta edição foi uma tarefa divertida e gratificante, embora trabalhosa. Gostamos muito desse modelo colaborativo, e estamos pensando em como seria possível adaptá-lo à proposta original da revista. Assim que tivermos novidades, elas serão anunciadas aqui no blog; fique atenta.

Bem, as novidades chegaram. :)

A partir da edição número 3, inspiradas pelo sucesso da Edição Especial de Março de 2009, nós temos uma nova proposta a vocês, que nos acompanham e gostam desta publicação: colaborar.

Para isso, criamos uma lista de pautas – espalhadas por todas as seções da revista – nas quais vocês podem escrever, seguindo as regras de cada colaboração. A seleção será feita pelas editoras, de acordo com o tema proposto e o espaço disponível.

As matérias serão publicadas na Revista Deusas e podem ser republicadas aqui no LuluzinhaCamp, no blog da revista e no Deusario.  O prazo para enviar sua colaboração é até dia 24 de Abril, e os lugares são limitados – então, não perca tempo! Quem tiver interesse em colaborar, deverá mandar um e-mail para:

revistadeusas at gmail

Imagem: Vintage nib, royalty free