Categorias
Encontros São Paulo

Teremos LuluzinhaCamp em São Paulo

Depois de longos verão e outono, em pleno inverno, São Paulo terá o seu LuluzinhaCamp. Desta vez a reunião será na TeaConnection, lojinha de chás e quitutes bacanas aqui nos Jardins, em São Paulo. Sim, São Paulo simplifica e vai na onda dos encontros brasilienses. \o/

Negócio é o seguinte: TeaConnection tem wifi, tem chá, em espaço bacana. Mas não cabe muita gente: no máximo 40. Como a gente não vai poder levar comes e bebes, vamos cobrar uma taxa simbólica de inscrição, R$10 e exigir que vocês peçam pra entrar. O destaque, desta vez, será uma palestra (rápida) da Juliana Garcia Sales sobre… blogs!

Os tópicos:

1. Por que WordPress?
2. Diferenças entre o .com e o .org
3. Domínio
#o que é?
# como escolher
4. Gerenciar o blog
# visual
# conteúdo
5. Anúncios – como emporcalhar seu site
# 1000+?
6. Aumentando visitas / redes sociais
7. Analytics + SEO
8. Como lidar com a fama
# persistência e carinho
# revisão eterna

Além da palestra da nossa Luluzinha fundadora, teremos surpresinhas. Vamos nos (re)encontrar?

Anotem aí:

Dia 23 de julho, a partir das 14h

TeaConnection: Al. Lorena, 1271, tel.: 11-3063-4018

Inscreva-se (as inscrições serão confirmadas por e-mail com instrução para o pagamento)

Categorias
Dicas

Meia-Noite em Paris

Esse é o tipo de filme que fui sem esperar muita coisa. Fui porque gosto de Woody Allen, mas achei “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” bem chatinho. Então, comprei o ingresso sem nenhuma pretensão, só porque entre tantos filmes chatos, um filme chato do Woody Allen não é tão chato assim. E qual não foi minha surpresa ao ser levada por uma viagem no tempo, cheia de charme. E mais, Allen me fez sentir alguma simpatia por Owen Wilson como ator.

Não posso contar muita coisa do filme, porque não quero estragar surpresas. O trailer espertíssimo, não conta absolutamente nada, então não sou eu quem vai tirar de você a chance de dar uma boa risada. Porém, além de toda mágica e energia do filme, há uma mensagem muito bacana. Sobre como nos prendemos a um passado idealizado e esquecemos do presente cotidiano. Há a dança, as frases de efeito, as grandes mentes, os clássicos, mas não podemos ficar presos a um passado em que não somos realmente alguém.

O filme é como um brioche. Provavelmente não mudará sua vida, mas será uma ótima experiência degustá-lo. A música é deliciosa, os figurinos preciosos, há milhares de cenas deslumbrantes de Paris, mas bom mesmo é sentar e se jogar nesse céu impressionista ou nos rinocerontes surrealistas. Rinocerontes!

Owen Wilson e Marion Cotillard em uma cena do filme Meia-Noite em Paris
Categorias
Dicas Opinião

Histórias Íntimas

No Brasil, durante o fim do século XIX, a parte do corpo da mulher que era o maior fetiche eram os pés. Como eles eram as únicas partes que ficavam descobertas, os homens enlouqueciam olhando tamanhos, dedinhos e afins. Ninguém prestava muita atenção nos seios femininos. Há toda uma construção social sobre nossos desejos, sobre o que achamos bonito ou excitante. O erotismo muda através dos tempos, o que infelizmente permanece é o controle do prazer sexual. A idéia de que sexo é algo pecaminoso e que a virgindade feminina é um trófeu também são construções do nosso imaginário erótico social.

E é sempre sobre a mulher que o controle é exercido com maior rigidez. Até hoje há mulheres que são criadas para casar, terem relações sexuais apenas com um homem durante toda a vida e terem muitos filhos. Prazer no sexo? Nem pensar. O homem pode ter suas fantasias proibidas com mulheres fora de casa, enquanto o valor da mulher é medido pelo seu recato. Não parece ser à toa que vemos tantas mulheres saindo ás ruas pelo mundo em Slutwalks, lutando pelo direito de serem donas de seus corpos.

No livro Histórias Íntimas, a historiadora e escritora Mary Del Priore, apresenta um interessante panorama da construção do erotismo brasileiro desde o período do Brasil Colônia, até os dias atuais em que o divórcio é tão comum e o sexo alcança nosso olhar em todos os lugares. A leitura é muito prazerosa, para fazermos um trocadilho. A escrita é clara e pontua algumas reflexões. A única coisa que realmente senti falta foi ver mais sobre o impacto da pornografia em nossa sexualidade. Em uma entrevista Mary Del Priore fala um pouco sobre isso:

Os seios ganharam importância quando a lingerie começou a se difundir, no século 20. Antes, a roupa íntima da mulher era uma sobreposição de saias compridas, repletas de botões e laços. Despir-se era complexo. A lingerie levou o olhar do homem para uma parte do corpo feminino até então vista como meramente funcional, chamadas de “aparelhos de lactação”. Mas a grande moda dos seios veio mesmo na década de 1950, com o cinema americano, a Playboy e a Marilyn Monroe.

Fica a dica de um bom livro para curtir nas férias e pensar sobre como a economia, a industrialização e os hábitos de higiene afetaram a maneira como encaramos o sexo e o prazer. Há vários momentos do livro em que rimos para não chorar de tantas bobagens já impostas as pessoas quando se fala de sexo. Deixo um trecho como exemplo:

Assim, o homem era responsável por uma tripla função: combinar a reserva espermática, a fecundação vigorosa e evitar a volúpia da parceira. O risco? Sem esse coquetel, o coito podia detonar “furores uterinos” — forças adormecidas nas mulheres normais, mas que eram reveladas por ninfômanas e histéticas.

Nos anos 1840-1850, dois médicos franceses, Pouchet e Négrier, descobrem os mecanismos da ovulação. A mulher deixou de ser considerada uma simples portadora de ovos para fazer parte da Criação. Mas ela pagou um alto preço por isso. A espontaneidade da ovulação tornava inútil o orgasmo. Só a ejaculação masculina era indispensável. Por décadas, os homens puderam esquecer as reações de suas parceiras. A necessidade de prazer lhes era oficialmente negada. Um ou outro doutor mais sensível invocava a possibilidade de as esposas gozarem. Mas apenas como garantia contra a infidelidade. Era o medo do adultério que permitia um número maior de carícias.

Histórias Íntimas de Mary Del Priore, páginas 80-81.

Categorias
Dicas Opinião

A Pública

Esses dias, por meio de um tweet aqui, um aviso num acolá, acabei chegando no site A Pública. Uma agência de reportagem e jornalismo investigativo que produz material de qualidade, licenciado em creative commons. E sabe qual o mais bacana? O projeto é capitaneado por três mulheres: Marina Amaral, Natália Viana e Tatiana Merlino, que, entre elas, têm seis prêmios Vladimir Herzog de Direitos Humanos, um prêmio Andifes de Jornalismo e um Prêmio Troféu Mulher Imprensa.

O objetivo da Pública é produzir conteudo jornalístico de interesse geral, que muitas vezes não ganha espaço na grande mídia. A proposta da Pública é fazer jornalismo  “puro” – reportagem – em parceria com veículos, instituições  e jornalistas independentes do Brasil e do mundo. A organização Wikileaks e o jornalista britânico Andrew Jennings estão entre os que já participam do projeto. A proposta também é produzir reportagens em diversos formatos – áudio, vídeo, foto, texto, infográficos – utilizando as ferramentas do jornalismo digital para trazer ao público informação de qualidade, com a interatividade que os recursos oferecem. A missão da Pública é fazer jornalismo de interesse público com o máximo de independência, seriedade e profundidade possível – mas sem deixar de lado a sedução da boa reportagem. Entre as reportagens mais recentes há várias sobre os desaparecidos na região do Araguaia durante a Ditadura Militar.

A Pública é uma boa notícia, num momento em que a mídia tradicional produz cada vez mais factóides ao invés de elaborar boas reportagens. O advento da internet trouxe o caráter instântaneo da notícia, mas não podemos esquecer da importância de nos aprofundarmos em temas complexos. Matéria de outubro de 2010 da Revista Piauí, entitulada: “Caro, trabalhoso, chato” fala das dificuldades do jornalismo investigativo:

Investigações jornalísticas são trabalhosas, caras, demandam tempo e nem sempre rendem reportagens publicáveis. Pode se passar meses escarafunchando um assunto e não conseguir material suficiente. A maioria exige viagens e algumas requerem mais de um repórter trabalhando em tempo integral. Também costumam ser bem mais longas do que as matérias comuns, o que, no mundo do Twitter, lhes reduz o número de leitores em potencial.

Para resolver essa questão, A Pública pretende trabalhar em colaboração com parceiros internacionais em apurações de maior fôlego e publicar reportagens por eles produzidas. Além de estabelecer parcerias com fundações e instituições para pesquisas de longo prazo. O jornalismo investigativo não é tão popular nos dias atuais, em que as pessoas preferem se informar por meio de um tweet. Porém, é essencial para acreditarmos na função social do jornalismo e no fortalecimento do direito à informação. O nascimento de uma agência de jornalismo investigativo no Brasil, feita por mulheres, que disponibiliza gratuitamente o acesso gratuito à informação, deve ser celebrado num momento em que a internet permite o surgimento de uma sociedade mais aberta e colaborativa. Não deixe de acompanhar este projeto.

Categorias
Notícias

Quando um blog cresce e aparece: Planejando meu Casamento

Cintia Costa, por Lidi Faria, em CC (foto num LuluzinhaCamp SP)
Cintia Costa, por Lidi Faria, em CC (foto num LuluzinhaCamp SP)

Conheci a Cintia Costa no primeiro LuluzinhaCamp. Sabia pouco desta moça: que era jornalista e ia casar. Logo no primeiro evento, em meio ao furdúncio reinante, à muvuca dos mil encontros e da alegria, chegou aquela moça bonita com um lindo bolo. Quando eu falo lindo, minha gente, acreditem: era lindo de viver, como diz a Denize. Melhor: era delicioso, não sobrou nada pra contar história.

Nestes últimos três anos, aconteceu o que é praxe: a gente ficou amiga. Vi o Planejando meu Casamento, virar livro – e ser lançado com pompa e circunstância no Terraço Daslu, lugar phyno. A Cintia casou e agora também tem o Recém Casada, onde conta as aventuras com o maridão, a casa, a cozinha. Pensa que é muito? É nada. Ela acha tempo pra soltar o verbo no seu blog pessoal e ainda colabora com um outro só de sapatos… 🙂

A paixão que a Cintia tem por casamento é coisa de outro mundo. E agora ela inventou o Desconto para Casamento. Sim, um clube de compras muito específico. Os amigos internéticos à beira do altar, como o Marco Gomes e a Talita Ribeiro, adoraram a ideia. Os que estão planejando também curtiram muito a novidade. Então eu abusei da amizade e, em plena sexta-feira, mandei umas perguntinhas para a Cintia responder.

Para entender direitinho como funciona o clube, clique no link do Desconto para Casamento.

Como surgiu a ideia?

Todas temos acompanhado a febre que os clubes de compra coletiva se tornaram nos últimos meses! Descontos arrasadores, preços imperdíveis. Desde muito antes desse modelo de negócios surgir, as noivas tem o costume de fazer “rodadas de desconto”, em que se juntam para comprar no “atacado” itens de casamento, como lembrancinhas e sandálias personalizadas para pista de dança, e conseguir preços melhores. Isso tudo de maneira amadora, trocando informações pessoais em comunidades de Orkut, grupos de e-mail e blogs de noivas.

O Planejando Meu Casamento, que sempre teve como missão ajudar as noivas a fazerem casamentos econômicos, sem estourar o orçamento nem criar dívidas, não poderia ignorar esse fenômeno.

O que fiz foi trazer o modelo de site de compra coletiva para um mercado que já está acostumado a batalhar os próprios descontos, facilitando essa relação entre noiva e fornecedor.

É um nicho super promissor: são noivas que tem poder de compra, uma verba na mão e uma data limite para gastar. Ano passado, o mercado de casamentos movimentou R$ 10 bilhões no Brasil!

Você está gerenciando tudo sozinha?

Não! Sou jornalista e trabalho com marketing digital e mídias sociais. Foi com esse currículo que criei uma plataforma de conteúdo com fortes raízes em redes sociais. Chegou a hora de dar um passo adiante e o Planejando Meu Casamento agora é uma plataforma de conteúdo e de serviços. Para isso, a família Planejando Meu Casamento precisou crescer e incorporar novos sócios, com expertise em comercial, design e novos negócios!

Você fez o coquetel semana passada, mas o projeto já está no ar há algum tempo. Como está a adesão?

Está sendo muito bacana! Nesses três anos de vida, o Planejando Meu Casamento formou uma comunidade de noivas em torno de si. São noivas que gostam de interagir. Elas mandam perguntas, esclarecem as dúvidas umas das outras, dão sugestões… Quando anunciei os planos de partir para a compra coletiva, a reação foi super positiva! Na semana do lançamento, recebi muitos e-mails de noivas de diferentes partes do Brasil pedindo para incluir suas cidades nos nossos planos!

Já temos um mailing de 70 mil noivas, além das 250 mil que acessam o site mensalmente.

O que elas mais querem comprar?

Elas tem um super interesse em comprar produtos como bem-casados, lembrancinhas e outros itens pequenos que precisam comprar em grande quantidade. Também sentimos um interesse delas em contratar serviços de casamento que, normalmente, estariam fora de seu poder aquisitivo, mas, com um desconto bacana, se tornam acessíveis. Um serviço fotográfico diferente, um Dia da Noiva mais completo e por aí vai!

Você se compromete a “garantir que o produto ou serviço vendido seja entregue corretamente para você, noivinha.” A responsabilidade é enorme!

A responsabilidade é mesmo enorme! O segredo é uma boa negociação com o fornecedor. Na hora de fechar o negócio, impomos regras rígidas de qualidade de atendimento e entrega do produto ou serviço, e já conversamos com antecedência sobre capacidade de atendimento e vendas, para não correr o risco de um fornecedor vender mais do que pode e não dar conta do recado depois!

Como é a experiência de empreender? Quais são os riscos?

Acho a experiência super empolgante. São tantas as expectativas! Tem sempre o risco de não dar certo, aquele frio na barriga, sabe? Mas estou confiante. A demanda por este serviço existe e este é o primeiro clube de compra coletiva de casamento profissional, com a vantagem de ter nascido de uma comunidade 2.0 de noivas. Tem tudo para dar certo! E o Planejando Meu Casamento, como tudo de bom que a internet tem, está em versão beta permanente. Ou seja, estamos sempre buscando entender o que o usuário quer e precisa para melhorar a experiência no site. Estamos sempre “em obras” para melhorar, nunca parados!

Pronto, nasceu mais uma empreendedora! Sucesso, Cintia!