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Dia da Mulher: Maria Paula pra vocês

No dia 6, rolou o III Fórum Claudia pela Mulher Brasileira. O Flickr deu uma cortada básica (regras são regras) no vídeo, mas este depoimento da Maria Paula é pra vocês, Luluzinhas, para pensarmos mais um pouquinho nas imposições que se fazem sobre nós.

Eu vou converter tudo bonitinho e colocar no Vimeo e publicar inteirinho aqui (e vocês vão continuar com enjôo, porque câmera tremida não tem jeito…). Fiquem com o trailer (que é bom) para pensarmos em nós, neste dia da Mulher.

Update: 

Ontem no LuluzinhaCamp aqui em S. Paulo, a gente combinou de fazer uma corrente para se “auto-excomungar” da Igreja Católica em protesto contra a atitude pra lá de estranha do Arcebispo de Olinda e Recife, que excomungou médicos, família e menina de NOVE anos (vítima de estupro, grávida de gêmeos) e nem comentou o estuprador. 

Meu padastro querido já escreveu sobre isso e nem estava sabendo da corrente.

A Letícia prometeu post para hoje no Cozinha da Matilde (junto com a receita do cuscuz e do lessi – é assim que escreve)?

Gente, não vamos deixar o cansaço e a alegria de nosso encontro ontem turvarem nosso senso de justiça. Vamos conversar sobre isso. Vale mesmo, num Estado Laico (sim, nosso estado não é religioso), uma igreja tomar atitudes tão violentas e unilaterais – e contra a lei – quando a gente luta extamente contra a violência e pela igualdade no tratamento? 

Isso é justo? 

Entrem na roda, mandem seus links e a gente publica… quem não tem blog e quiser colocar seu texto aqui, use o formulário de contato

8 respostas em “Dia da Mulher: Maria Paula pra vocês”

Um amigo que conhece bem o catolicismo me mostrou que na lógica da lei católica a ação faz sentido.

Segundo o mesmo amigo se a pessoa não gosta da lei católica que escolha outra religião. Concordo com ele…

Foi o que aconteceu comigo aos 11 anos e me junto com prazer ao movimento de auto-excomungação.

É, Lucia, não culpo os católicos pela ação de um homem só. Ele foi arbitrário , machista, um ignorante das questões legais e médicas e infelizmente, captou o ódio das pessoas para a Instituição que representa. Mas, do estrupador, os companheiros de cela cuidarão. A menos que tenha recebido a regalia de ficar em cela separada. Não sou católica, mas apóio o movimento, embora pense que este homem que não representa bem a Instituição é que deve ser afastado dela.
beijo,menina

Denise, infelizmente esse homem representa, sim, a instituição – tanto que sua atitude foi referendada pelo Vaticano.

O que realmente importa é que o aborto foi feito, com ou sem a aprovação da igreja, confirmando que SIM, vivemos num estado laico, em que o Judiciário e os médicos podem agir segundo as leis dos homens (esse aborto foi duplamente lícito pela lei brasileira, é bom lembrar).

Que a igreja fique com seus julgamentos e prejulgamentos, então. Quem saiu enfraquecida foi ela e ninguém mais.

De meu lado, não me canso de lembrar de John Lennon. Um mundo sem religião seria um lugar melhor.

Sim, Lu, concordo, olhando por este lado que você colocou, de que o Vaticano o referendou. Acredito, porém, que um mundo sem fé não seria bom. Há homens que se autointitulam (sem hífen) detentores da Lei moral e espiritual, mas suas ações contradizem-nos.
beijo, menina

Meninas,

Já fiz a postagem no bloga da Cozinha da Matilde sobre a excomunhão, com endereços de email para encaminharem suas cartas. Mandei a minha carta para o secretário geral da CNBB, que também referendou o obsurdo do arcebispo de Olinda, com cópia para a Folha e para o Estadão.

A Lúcia tem uma cópia da minha carta, assim se alguém quiser copiar basta pedir para ela pois amanhã viajo de férias!

E quero mais uma vez falar da importância deste ato, não só prá gente deixar mais claro que nunca que não concordamos com a igreja, mas principalmente em solidariedade aos envolvidos, pois para católicos praticantes (como um dos médicos que realizou o procedimento) esta história de excomunhão é muito pesada. De mais a mais, solidariedade nunca é demais, né?

bj

let

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