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Encontros São Paulo

LuluzinhaCamp SP #8 encerramento de 2010

Pronto! Saiu o último encontro do ano. Nos vemos no sábado, dia 4 de dezembro, no Beans, espaço de coworking indicado pela Rosângela Martins. Como o espaço é pequeno, desta vez, só temos 30 vagas, ok? Das sugestões da lista, temos duas atividades:

  1. Bate-papo sobre empreendedorismo. Monise Tonoli está convocadíssima, bem como todas as mulheres empreendedoras que não são poucas.
  2. Cursinho sobre os cuidados básicos com o carro – apostila inclusa.
  3. Amiga secreta – quem quiser participar leva presentinho de R$ 20 e a gente faz a troca na hora.

Como sempre, cada uma leva bebida e uma comidinha bacana.

Para se inscrever preencha o formulário e pague a inscrição (R$ 10).

update no dia 1/12: a Gama.Italy e o Magazine Luiza fizeram questão de estar conosco neste encontro. Temos surpresas à vista…

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Sustentabilidade com EcoBalls

Na lista de discussão do LuluzinhaCamp apareceu um tópico bem interessante sobre umas tais EcoBalls. O nome é engraçado, admito, mas as bichinhas são um produto super interessante para aqueles interessados em ter um estilo de vida cada vez mais sustentável!

Foto por Claudia Regina

Quando as meninas comentaram sobre esse produto na lista eu adorei a ideia e já aproveitei para comprar para mim e testar. Agora que já tenho conhecimento de causa venho contar o que achei para vocês!

O que é e como funciona

As EcoBalls são três esferas com várias bolinhas minerais dentro. São essas bolinhas que fazem o trabalho de remover sujeiras das roupas. Esse vídeo (ligeiramente irritante) da empresa explica mais detalhadamente:

E funciona mesmo?

Funciona! Sem nem um pingo de sabão em pó ou amaciante minhas roupas ficaram limpas e macias. A lavagem de inauguração das bolinhas foi com uma maquinada de roupa bem variada, incluindo pano de prato manchado e engodurado. As EcoBalls se saíram muito bem, não perdendo em nada para os detergentes convencionais. Na realidade, as bolotas saem ganhando, pois são muitas vantagens.

Foto por Claudia Regina

A única desvantagem, já citada em todos os reviews, é que a roupa não sai com aquele “cheirinho” que estamos acostumados a ligar diretamente à limpeza. As roupas ficam sem nenhum cheiro, mas admito que foi super fácil se acostumar com isso.

Vantagens

Economia

Esse ponto é bem importante para mim! E as EcoBalls se deram muito bem nesse quesito: custam cerca de R$50 e duram 1000 lavagens. No ritmo de lavagens aqui em casa isso quer dizer que elas vão durar até 10 anos (!) e estarei fazendo uma economia de mais de R$300 somente em detergente em pó. Considerando o amaciante e a energia elétrica economizada no ciclo de enxágue esse valor pode até dobrar!

Meio ambiente

As bolinhas não usam produtos químicos então a água que sairá da sua máquina terá somente sujeira. Para quem tem um jardim ou um sistema de reaproveitamento de água isso é perfeito, pois ela poderá ser usada para irrigação ou até mesmo no vaso sanitário. Eu moro em apartamento e não tenho muito o que fazer com a água, mas já é uma vantagem não jogar mais química no sistema de tratamento da minha cidade.

Outra consequência de não usar química é que elas não criam espuma, dispensando o ciclo de enxágue. Isso é bom para a economia (como já citado acima) e também para o meio ambiente, pois você estará consumindo menos energia e menos água potável.

Como duram centenas de lavagens você também não irá precisar jogar no lixo tantas embalagens de detergente + amaciante quanto faria anteriormente.

Facilidade

A facilidade de uso é incrível! Você coloca as 3 bolotas na máquina, lava as roupas, e tira as bolotas para que elas sequem. Qualquer um pode fazer isso sem nenhum perigo, inclusive a criançada (vamos colocá-los pra lavar as próprias roupinhas? rs…) A minha máquina, especificamente, é um modelo bem antigo. Na hora de lavar roupa é preciso ficar de olho para colocar o amaciante, pois ela não tem aqueles “dispensers” específicos. Agora é só jogar as bolinhas lá e desligar na hora do enxágue. As máquinas mais modernas até oferecem o pulo do enxágue, o que deixa tudo ainda mais simples.

Refil - Foto por Claudia Regina

Outras vantagens

O produto é hipoalergênico (ótimo para aqueles que desenvolvem alergia ao sabão em pó usado na lavagens de suas roupas e para roupas de bebês) e como não usa química é uma maravilha para lavagem de tecidos mais delicados e coloridos.

Veredicto final

Estou usando as EcoBalls por menos de um mês e já garanto que são um produto must-have para todos. Desde a economia até o meio ambiente elas só trazem vantagens! Agora só fico com uma sensação: por que não descobri isso antes?

Onde comprar: loja da EcoZone | Ebay

Fotos: Claudia Regina

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O que são pré-eclâmpsia e eclâmpsia?

Gestantes podem ter sua pressão arterial elevada e, quando isso ocorre a partir da 20ª semana de gravidez (segunda metade da gestação, portanto) com perda de proteínas pela urina (proteinúria), o quadro é de pré-eclâmpsia.

Quais os sintomas?

Dores de cabeça intensas e persistentes, aumento exagerado de peso, transtornos de visão, dores do lado direito do corpo (sob as costelas), náuseas, vertigem, taquicardia, sangue na urina. O inchaço (edema) nos tornozelos, pés, rosto e mãos pode aparecer, mas nem sempre. O diagnóstico é  feito através da medida da pressão arterial, avaliação de edema e dosagem de proteínas na urina.

Como o diagnóstico e o tratamento são feitos?

Se a pressão da gestante subir muito, é possível que fique internada e receba medicamentos para controlar a pressão. Estes remédios não são prejudiciais ao bebê e ele também será monitorado. Se ocorrer algum problema com o bebê (como baixo nível de líquido amniótico ou o se o bebê não estiver crescendo como o esperado) ou, ainda, se a gestante piorar, o médico pode sugerir a realização do parto, ainda que antes da hora, seja por indução ao parto normal ou cesariana. Nas primeiras 48 horas após o parto a pressão arterial será monitorada e deve ser continuar sendo observada mesmo depois que a mulher receber alta. Geralmente a pressão arterial volta ao normal após o parto, mas em alguns casos o problema persiste por mais algumas semanas, assim como o inchaço ainda pode continuar por mais um tempo.

A melhor forma de proteger a gestante e o bebê é dar a luz, caso isso não seja possível devido ao tempo de gestação o médico pode adotar outras alternativas: repouso com acompanhamento contínuo, medidas para abaixar a pressão arterial e/ou hospitalização.

Há mulheres mais suscetíveis à pré-eclâmpsia do que outras?

Sim.

  • Mulheres com mais de 40 anos;
  • Obesidade antes da gravidez;
  • Gravidez de gêmeos ou mais;
  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia (mãe ou irmã);
  • Problema crônico de saúde que afete o sistema circulatório (hipertensão, diabetes, problemas renais, lúpus);
  • Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestação anterior;
  • Parceiro diferente entre uma gestação e outra (a mulher volta a ter risco como se fosse a primeira gestação, mesmo não tendo apresentado pré-eclâmpsia anteriormente).

Quais os riscos?

A pré-eclâmpsia pode ser leve ou grave e afetar vários sistemas do corpo. Ela reduz o fluxo de sangue para a placenta, por isso é perigosa para o bebê, limitando seu crescimento. Além disso, se a pressão arterial subir demais e a gestante tiver convulsões, o quadro terá evoluído para a eclâmpsia, colocando a gestante e o bebê em grande risco. A eclâmpsia pode pode levar ao coma ou ser fatal.

Estou grávida/vou engravidar, o que eu faço?

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia são graves, entretanto devem ser prevenidas precocemente. Converse com seu médico, informe a ele todo seu histórico (da sua saúde e das mulheres da família), faça todos exames em dia e, ao sinal de qualquer sintoma ou algo atípico, converse com ele/ela.

Você já passou por isso ou conhece alguém que passou? Deixe seu depoimento nos comentários, ele pode ser valioso para as atuais e futuras gestantes. =)

Fontes: ABC da Saúde, Baby Center.

Foto: Arwen Abendstern, em CC.

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Apropriação indébita do @luluzinhacamp

Darth Vader Hello Kitty
Sim, o lado negro se disfarça de todo jeito

imagem do Hello Kitty from Hell

Sucesso sempre tem um gosto bom, mas a gente precisa lidar com o lado negro da força o tempo todo. Desde o início do LuluzinhaCamp, há três anos, o grande esforço – meu e das coordenadoras – é formar uma comunidade e evitar interferências “comerciais”. Claro que a gente adora os nossos patrocinadores e apoiadores. Só que tem muito sapo de fora que, depois de dizer em alto e bom som que não é luluzinha, contando com o esquecimento geral e recorrente, tenta usar a base #luluzinhacamp para “se fazer”.

Feio? Horrível. E faz parte. Por isso mesmo escrevo este pequeno post. Não acredite em qualquer @ tuitando sobre o LuluzinhaCamp. Seja crítica: esta pessoa participa da comunidade? Apóia a gente nos eventos? É presente? Seu(s) blog(s) faz(em) parte do nosso blogroll? Está do nosso lado ou quer usar a ingenuidade de quem está distraída como escada? (expressão teatral para “usar o outro pra aparecer”)

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Opinião

5 mitos sobre a legalização do Aborto

Embora seja um assunto para lá de delicado e com argumentos válidos para todos os lados existem várias afirmações contra a legalização do aborto que eu gostaria de comentar: são os pensamentos dogmáticos à respeito do assunto. Um dogma não precisa estar necessariamente ligado à uma religião, e sim à uma ideia que é difundida sem aprofundamento.

A legalização do aborto é, antes de mais nada, uma questão de saúde pública. Essa é a parte que não se discute pois é baseada em fatos e dados – independente de nossas crenças pessoais à respeito do aborto, estamos falando da descriminalização e da legalização pelo bem da saúde das cidadãs. O assunto é também uma questão de direitos da mulher. Essa parte se discute – afinal vivemos em uma sociedade ainda machista, patriarcal e, principalmente, hipócrita.

Fiz uma rápida busca no Search do Twitter para captar alguns desses dogmas e “ilustrar” alguns mitos. Vamos a eles:

1. Se legalizarmos o aborto iremos viver uma carnificina

Tweet – “ñ podemos liberar o aborto a Bel Prazer,deve existir regras,senão vira carnificina”

Não é à toa que essa frase sai na maioria das vezes da boca dos homens: eles não sabem que o aborto não é e nunca será usado como método contraceptivo. Mulheres que já realizaram ou que conhecem quem já realizou um aborto sabem muito bem que fazer isso é traumatizante e dolorido (de corpo e alma.) E nenhuma mulher quer passar por isso “a Bel Prazer.” O aborto só é realizado pois o trauma e a dor de manter uma gravidez/maternindade indesejada é ainda maior.

A legalização do aborto não irá fazer com que o aborto vire rotina na vida da mulher: somente irá fazer com que os abortos que já acontecem na ilegalidade passem a acontecer com mais segurança. Só diz que a legalização do aborto resulta em carnificina quem não tem o menor conhecimento de causa.

2. Legalizar o aborto é ir contra os direitos do feto

Tweet – “Fulana falou que a criminalização do aborto eh uma violência CONTRA A MULHER! #louca”

Cynthia Semíramis resumiu bem esse dogma neste post, de onde tiro a citação:

“Ao fazer isso [afirmar que o aborto é uma violência contra o feto], estão invertendo a ordem de prioridades: colocam um não-nascido como tendo prevalência sobre uma pessoa viva, como se a mulher tivesse menos direitos que ele.”

A criminalização do aborto é sim uma violência contra a mulher!

A violência indireta é permitir uma gravidez não planejada, uma família sem estrutura e um futuro incerto tanto para a mulher quanto toda sua família. A violência direta é realizar o aborto de forma clandestina e ter como resultado a morte.

3. Eu sou contra, então não é correto legalizar

Tweet – “aborto sou contra, E MUITO! quem faz isso tem que morrer, serio!” [contraditório, não?]

Se sua religião ou moral próprias não julgam ser correto realizar um aborto a solução é simples: não realize um! Querer que a sociedade inteira acate é imposição ao todo de uma opinião pessoal.

Estamos tratando de Políticas Públicas que vão muito além da situação de um indivíduo. Estamos falando da saúde e do funcionamento social de toda uma população. Se você acha errado, não faça.

4. Minha religião não permite

Tweet – “Como que alguém que se diz cristã afirma que “aborto” é problema de saúde pública?”

Embora pareça em algumas passagens não estou aqui para atacar nenhuma religião. Inclusive não tenho nada contra nenhuma delas! O problema é querer que todo um país siga as suas crenças. Lembre-se: o estado é laico e sua função é proteger seus cidadãos. A legalização do aborto está aí para isso: proteger as cidadãs. A sua crença não pode interfirir no direito de outros indivíduos.

Mais uma vez: quem não quer fazer, não faz. Se o aborto é proibido na sua religião, não o faça.

5. Temos outras coisas para nos preocuparmos

Tweet – “Eu acho que tem coisas muito mais importantes a se debater do que legalização do aborto hein? Coisas mais básicas, tipo educação, segurança.”

A questão do aborto é sim prioridade. A consequência de abortos mal realizados é a morte. Você sabia que abortos mal realizados são o terceiro motivo de morte entre mães no nosso país? Será que realmente não é uma prioridade?

Mas a legalização do aborto também tem tudo a ver com todas as outras esferas e prioridades da sociedade.

Pense em uma mulher pobre. Por ser pobre ela já faz parte do problema educação, tanto por não poder ter educação de qualidade quanto por não poder oferecer isso à sua família. E a segurança? Precisamos de segurança pois existe violência. E a violência vem de uma sociedade com indivíduos pobres que não têm outra opção além de viver com a violência. Crianças que nasceram em uma família sem condições de oferecer-lhe uma vida digna e por isso recorrem à violência, sua única opção.

Neste mesmo molde também escuto o apelo: “temos que falar mais dos métodos anticoncepcionais para que o aborto não seja necessário!”

É fácil falar de métodos anticoncepcionais quando somos de uma classe cheia de informação. Acontece que as maiores vítimas de complicações em abortos clandestinos são justamente aquelas sem informação e sem acesso aos métodos contraceptivos.

1. Saiba mais neste vídeo completíssimo da Universidade Livre Feminista: http://vimeo.com/15358185

2. Quer saber informações históricas sobre a questão do Aborto? Leia: http://sindromedeestocolmo.com/archives/2010/09/o_aborto_na_his.html/