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A violência obstétrica em pauta

The Eye of Elisa, Cesar Augusto Serna Sz, CC-BY-NC-ND

Tudo começou neste post da Cláudia Rodrigues sobre violência obstétrica. Como a gente tinha participado da blogagem coletiva pela eliminação da violência contra as mulheres e eu enviei o post para o nosso grupo de discussão, onde a gente estava compartilhando nossos posts e achados. Qual não foi a surpresa quando o tópico ganhou mais de 90 respostas!

Discussão que, claro, enveredou pela seara parto normal x cesárea. E procedimentos. E o tratamento que a mulherada recebe na hora de parir. Coisa mais que séria no Brasil – porque, sim, nossos direitos são violados o tempo todo.

Tive orgulho, muito orgulho, da mulherada. Pelo alto nível da conversa. Pelas histórias bacanas de cada uma. Pela militância a favor de um mundo mais acolhedor para nós, fêmeas humanas. Como a gente ainda está em tempo de falar dos direitos da mulher, pedi licença a todas e publico aqui trechinhos do bate-papo.

DC (nome preservado para não causar constrangimentos pessoais)

Quando eu tinha 15 anos engravidei. O moleque, um babaca (descobri depois) não me disse que a camisinha estourou e eu, ingênua, inexperiente, não percebi. Ele nem falou nada. Eu poderia ter tomado pílula do dia seguinte… enfim. Ele disse que não assumiria nada, terminou comigo e eu fiquei nessa sozinha com medo de contar pros meus pais. Meu pai não sabe até hoje, acha que perdi a virgindade com 19 anos.

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Encontros Rio de Janeiro

LuluzinhaCampRJ #8 – o Rio é nosso!

Atenção, CarioCats:

O LuluzinhaCampRJ vem aí!

Data: 10/12 – Sábado.

Horário: chegada às 13h30, início às 14hs.

LocalBeesOffice – R. Miguel Couto, 35/603, Centro, RJ (Esquina com R. Buenos Aires)
Super fácil de chegar, colado no metrô da Uruguaiana, pertinho das barcas e dos pontos de ônibus da Rio Branco e da Presidente Vargas!

Faça a sua inscrição!










O que vai ter?

Serão de debates e palestras sobre os temas previamente escolhidos por vocês na enquete feita por aqui.

Para essa edição foram escolhidos os temas: Redes SociaisSustentabilidade e Tecnologia.

De acordo com os temas, convidamos cariocas mais que especiais, nomes de peso nas áreas escolhidas!

Teremos:
@anaerthal
@bia_maravilha
@cfsardinha
@deniserangel
@harpias
@maffalda
@missmoura
@renata_lino!

O BeesOffice tem wi-fi! 😉

O que você precisa trazer para o encontro?

  • Peças para o bazar de trocas (se quiser participar). Pode ser roupa, livro, make… o que você quiser trocar! 😉
  • Comida ou bebida para o coffee break (só não exagerem nas quantidades e tentem combinar antes com a @babby para não ficarmos cheias de biscoitinhos e sem um suquinho!rs)

Dúvidas?
Podem perguntar a @babby ou a @carlasan, que elas respondem! ;)

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Ações e Campanhas

Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

A gente está na roda do Blogueiras Feministas, blogando para que a violência contra as mulheres suma da face da terra. O dia é hoje por conta da história das irmãs Mirabal, que a Letícia contou tão lindamente na blogagem que o LuluzinhaCamp organizou em 2009. Aliás, se você gosta de história bem contada, recomendo fortemente a leitura deste último link. Então hoje vocês terão dois posts no LuluzinhaCamp 😉

Os números da violência contra a mulher são chocantes. Sempre. E não caem. Segundo o Portal Violência contra a Mulher, mantido pelo Instituto Patrícia Galvão, mais de 20% das quase 2 milhões de ligações recebidas pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) referem-se a pedidos de informações sobre a Lei Maria da Penha. Uma pesquisa feita pelo Instituto Avon e Ipsos, mostra que 52% das pessoas acham que juízes e policiais desqualificam o problema da violência contra as mulheres.

Enquanto isso, a cada 2 minutos, 5 mulheres são espancadas no Brasil
Este tipo de manifestação é boa, sempre. É preciso falar, denunciar, forçar a polícia a nos atender, fazer que a Lei Maria da Penha seja aplicada. Porque a gente sabe – e não precisa de novela para isso – que denunciar é difícil. A cada 10 ligações, uma é para denunciar violência. Importante: este número diz respeito aos contatos. E quem nunca fala nada? Quantas são? Porque a gente sabe, sim, que muitas mulheres não têm coragem, força e suporte para denunciar seus agressores – que na maioria das vezes é o marido. E, não, não são casamentos recentes, são relações com mais de 10 anos em 40% dos casos.

O que você pode fazer?

Não seja testemunha de violência em silêncio – chegue perto, converse, apoie, vá junto à delegacia, consulte amigos advogados. Evite o comodismo e faça tudo o que puder – com todo o tato e delicadeza do mundo – para romper a corrente da violência.

Seja não violenta – Violência também se expressa em palavras, preconceitos, julgamentos. Um dia a dia gentil sempre é melhor que o mau humor liberado sobre qualquer um sem nenhuma razão.

Eduque seus filhos – principalmente os meninos precisam aprender a respeitar as mulheres, saber que elas são iguais. Faça os filhos homens cuidarem da casa, arrumarem, lavarem – tudo o que você exige da sua filha. Detalhe: não basta mandar fazer, há que praticar. Portanto, trate de colocar el maridón na roda, dividir igualmente as tarefas. [sim, isso aqui é puro sonho no Brasil, mas o fim da violência também é. Portanto, a gente fala. Se uma só família praticar, já tá ótimo]

Informe-se – tudo pode acontecer com todo mundo. Conheça seus direitos, saiba como se defender. Aqui no LuluzinhaCamp mesmo, a gente fez uma série de posts, durante a blogagem de 2009, que podem ajudar. São Google também tem respostas. Há infinitas organizações feministas de confiança. O conhecimento ajuda a enfrentar com mais serenidade a situação – seja com você ou com alguém próximo.

Outras Luluzinhas que também escreveram sobre o assunto:

Ine: eu não fui estuprada

Danielle Cruz – Pelo fim do silêncio

Ana Afonso fez uma chamada para seus leitores
Simone Miletic: Pelo fim da violência contra a mulher

Saiba mais acessando o módulo de Violência Doméstica da pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC.

Veja também os dados da pesquisa DataSenado sobre violência doméstica contra as mulheres.

 

 

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Notícias

Quem somos nós?

Atrasadona com as tarefas do Desafio 21 Dias, Edição 2011, resolvi colocar a vida em dia. Resultado: hora de atualizar o Sobre do blog.

Apesar de ela estar relativamente correta, faltavam dicas para entrar no grupo e como nos acompanhar.

Resolvi seguir a estrutura da mestra e criar uma nova seção na página, com o que aconteceu nos últimos anos aqui nesta comunidade e outros detalhes importantes (acho eu) para quem nos procura.

Confiram lá como ficou.

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Dicas Opinião

Filme: Os 3

Era uma tarde preguiçosa de quarta-feira. Depois de almoçar precisava matar o tempo até as 18h. Olhei rapidamente a lista de filmes no cinema do shopping e lá estava ‘Os 3’. Um boa surpresa. Um filme despretensioso que nos fala muito sobre as possibilidades que o amor encontra e que nós insistimos muitas vezes em negar ou não aceitar.

Cena do Filme Os 3.

Camila, Rafael e Cazé são três jovens estudantes que saíram de suas cidades pequenas e entediantes para morar em São Paulo. Se conhecem numa festa e decidem não se separar até o final do curso. Mas com uma condição: não pode rolar nada entre eles. E o filme existe justamente para mostrar o que acontece quando essa regra é quebrada. Sempre enchemos os relacionamentos de regras, tentamos fazer de tudo para que seja perfeito, mas somos imperfeitos e o bom é reconhecer isso. A trama, que envolve a participação em um reality show transmitido pela internet acoplado a um site de compras, serve apenas para amadurecer os personagens. Porque mesmo vivendo juntos, nem sempre somos totalmente verdadeiros.

Além de tudo, o filme questiona nossas formas limitadas de amar. Ao mostrar que o amor tem múltiplas possibilidades, que não precisamos acreditar que em fórmulas ou receitas, o importante é o desejo de estar junto. Um filme com poucos atores, mas muita sensibilidade.