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Burlesco | E a arte do striptease

Agosto é um mês especial para os amantes de arte e cultura. Inspiradas em tanta criatividade, reunimos algumas luluzinhas para falar nos próximos dias do relacionamento delas, com a arte e a cultura. Cada uma do seu jeito, e cada jeito, bem especial, compartilhando um pouco da sua experiência no assunto nesta semana de arte e cultura do Luluzinha Camp. Divirtam-se conhecendo um pouco da dança burlesca!

pernas e meias |  Imagem: SWANclothing - Flickr
Burlesque / Imagem: SWANclothing – Flickr

Olá! Meu nome é Lola* e, como cantava Barry Manilow, eu sou uma showgirl. 😉

Esta é a Semana de Arte e Cultura do LuluzinhaCamp, e eu estou aqui para contar pra vocês sobre uma modalidade de dança ainda pouco conhecida no Brasil: a dança burlesca.

Uma breve história do Burlesco

Antes, um pouquinho de história. O burlesco como conhecemos atualmente teve origem nos Estados Unidos, na década de 1860. Era um show de variedades onde tudo era exagerado (burlesco significa exagero), e era composto principalmente de números de comédia, principalmente sátiras políticas, e os grandes números de striptease.

Sim, você leu direito: striptease! Por ser burlesco, eram números muito exagerados, teatrais, que eram sensuais ao mesmo tempo em que tiravam sarro da sensualidade. Ah, e a dançarina nunca fica completamente nua: um tapa-sexo ou calcinha fio dental e os pasties, aqueles enfeites que cobrem os mamilos, são obrigatórios. Por causa da censura no século 19, estes elementos eram fundamentais.

Quer um exemplo? A grande estrela da época, Gypsy Rose Lee, era expert na arte de misturar sensualidade com comédia e inteligência.

*“A Psicologia de uma Stripteaser”, por Gypsy Rose Lee, em versão apropriada para TV. Aprecie a beleza deste monólogo!

A dança burlesca

Os shows burlescos permaneceram populares até a década de 1940, depois foram caindo na marginalidade. Alguns filmes de Hollywood tentaram manter o estilo, recriando o espírito das performances burlescas entre 1930 e 1960, ou incluindo cenas ao estilo burlesco em grandes filmes como Cabaret, de 1972, entre outros.

A própria Gypsy Rose Lee teve sua vida retratada no filme Gypsy, de 1962, estrelado por Natalie Wood. Mas foi somente no início dos anos 1990 que o burlesco voltou à cena com nomes como Catherine D’Lish, Jo Weldon e…  Já adivinhou? Dita Von Teese.

 

Então, o burlesco é isso. É a arte de tirar a roupa com sensualidade, mas ao mesmo tempo de forma divertida e teatral, mesclando elementos de danças como jazz, charleston e dança do ventre, entre outras, em coreografias que, não raro, contam uma história para o público.

Além disso, o burlesco apóia a diversidade. No burlesco não existe o “corpo perfeito”: gordinhas, magrinhas, gostosas ou não, a dança é democrática e tem espaço pra todo mundo. Só não podem faltar muitas plumas, muito Swarowski, muito glamour e muito senso de humor! 🙂

Onde aprender mais sobre o Burlesco

Livros:

Filmes:

Disclaimer: o flime Burlesque, com a diva Cher e a Xtina, não tem nada a ver com burlesco. O clube retratado no filme é, no fim das contas, um cabaré. O blog The Frisky tem um artigo ótimo sobre isso, vale a leitura: What Actual Burlesque Stars Think Of The Movie “Burlesque”.

*Photo Credit: SWANclothing via Compfight cc


*Lola Kitt é showgirl, Luluzinha e stripper, com muito orgulho. Há dois anos apimenta a cena noturna paulistana com performances burlescas de muito glamour. Para saber mais da moça: contato@lolakitt.com / www.lolakitt.com

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Arteterapia | A arte como terapia

Agosto é um mês especial para os amantes de arte e cultura. Inspiradas em tanta criatividade, reunimos algumas luluzinhas para falar nos próximos dias do relacionamento delas, com a arte e a cultura. Cada uma do seu jeito, e cada jeito, bem especial, compartilhando um pouco da sua experiência no assunto nesta semana de arte e cultura do Luluzinha Camp. O tema de hoje é Arteterapia. Divirtam-se!

 

lápis de cor coloridos - Imagem: YannGarPhoto - Flickr
I love colors / Imagem: YannGarPhoto – Flickr

Meu nome é Ana Carolina* e falar sobre Arteterapia justamente na semana de Arte e Cultura é um privilégio, uma alegria e um avanço. Já li e ouvi muitos artistas dizerem que “fazer” Arte, seja lá de que forma, é uma terapia. Tá na boca do povo, mesmo sem entenderem de forma clara ou técnica de que maneira essa dinâmica funciona.

Acontece que expressão artística é imemorial. Faz parte da história, dos rituais, da beleza, da sobrevivência. E de século em século, ano após ano vimos brotar inúmeros e talentosos artistas capazes de encantar, de chocar, de modificar pessoas através de seus ideais e manifestos artísticos… E eis que a prática de transformar pessoas e seus rumos pessoais foi sistematizada e formatou-se como Arteterapia, Terapia Artística, Arte Integrativa e tantos outros nomes que também caberiam aqui.

Por que Arteterapia?

Jung, o famoso médico que nos trouxe conceitos como Arquétipos, Inconsciente Coletivo e Psicologia Analítica, diz que o potencial criativo do ser-humano é inato. E foi basicamente este conceito que me trouxe à Arteterapia. Inúmeros são os motivos, mas descrevo alguns aqui:

  • A possibilidade do processo terapêutico que normalmente é penoso, longo e árduo em gerar como sub-produto manifestações artísticas que promovem naturalmente este potencial criativo que habita os seres-humanos;
  • A capacidade dos diálogos e expressões não-verbais que facilitam e florescem o caminho dx interagente (paciente ou cliente também servem) e norteiam a atuação dx terapeutx;
  • O contemplar da beleza de qualquer produção artística, sem necessitar de apreciação estética, justamente porque ali jaz a revelação de uma profundidade tão bela quanto poética;
  • A possibilidade em no meio do caminho fazer-se descobrir um artistx que passa a te habitar, cujo caminho é sem volta.

A Arteterapia e eu

Aconteceu comigo. Após o término de minha formação profissional me apropriei da poeta que não sabia ou não permitia que vivesse em mim. Deixei de lado a frustração de minha sensação de incapacidade com os materiais plásticos, para entrar em contato com uma expressão artística mais conceitual, corporal e poética.

Tem um lado meu que também se encanta com o trabalho Arteterapêutico porque ele não é excludente, é inclusivo, transdisciplinar. Podemos utilizar Arte em qualquer vertente terapêutica, seja ela Psicanalítica, Corporal, Xamânica… Você pode já ser terapeuta, artista ou educador e complementar sua atuação através de ferramentas terapêuticas artísticas.

Arteterapia é trazer para uma relação terapêutica qualquer manifestação artística que seja capaz de transformar, que se torne ponte de uma relação entre interagente e terapeuta, cuja riqueza para ambos é inestimável.

O profissional de Arteterapia

O mérito do cuidador é se apropriar de algumas técnicas e saber como aplicá-las de modo que aquele material ou prática tornem-se interlocutores de sua relação terapêutica e do que moverá aquele interagente para a transformação. Mais do que se apropriar de técnicas é saber moderá-las, é saber não ser técnico quando não se precisa.

Já dizia brilhantemente Manuel Bandeira em POÉTICA: […]”sou técnico, mas só tenho técnica dentro da técnica, fora isso, sou completamente louco” .

Para mim, o profissional em Arteterapia deve antes de tudo querer brincar, se transformar no que o cliente deseja que você seja naquele momento, se isso lhe ajudar a resolver suas questões, dentro dos limites estabelecidos entre ambos.

Ele deve entender de mitos, atentar aos relatos de sonhos, pesquisar sobre os interesses daquele interagente, seja um filme, autor, banda, esporte ou desenho animado. Quanto mais sua linguagem se aproximar da linguagem daquele que está ali na sua frente, confiando a ti seus anseios e dificuldades, maiores serão as chances de adentrar ao seu mundo subjetivo.

Tintas, linhas e agulhas, lápis coloridos, papéis diversos, argila, terra, velas, pedras, fotografias, livros, histórias, contos, mitos, instrumentos musicais, músicas, danças, encenações teatrais e vídeos são alguns exemplos dos infindos instrumentos de trabalho de um Arterapeuta.

Um pouco mais sobre Arteterapia

Se você deseja saber mais sobre o universo vasto da Arteterapia, ao final do post coloco alguns links de sites que contém artigos, indicações de profissionais e cursos para quem deseja se tornar Arteterapeuta ou apenas beber um pouco da fonte…

Arteterapia é técnica, é estudo, é compromisso, responsabilidade, é magia, alquimia, encanto, excitação. É fincar os pés na realidade sem deixar que suas asas toquem o céu.

E para finalizar, deixo aqui sábias palavras do mesmo poema citado anteriormente e por fim um dos meus poemas, pois não poderia deixar de me exibir em meu mais novo ofício!

*Trecho de POÉTICA de Manuel Bandeira

“Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos Clowns de Shakespeare
Não quero mais saber deste lirismo que NÃO é
LIBERTAÇÃO”

POETA
(Ana Carolina Arruda)

Ser poeta é tocar corações jamais vistos
É acariciar almas sedentas de acalentos
É entregar palavras eternamente aos quatro ventos e sorrir
Sim, sorrir porque frases voam andarilhas nos tempos
E fingindo-se perdidas vão certeiras emprestando-se aos sujeitos

Vai-te poesia!
E liberte-se nos ventos sorridentes deste dia
Verei que chegarás como beija-flor em néctares sutis que te receberão como mais que visita bem-vinda…
esperada

Vai-te poesia e jamais retorne a mim porque não mais te tenho
Nunca te tive
Apenas te recebi em meu corpo, te esculpi em meus dedos e te soprei em meus lábios
És agora semente fecunda nas almas

Links Importantes

  • www.ubaat.org – Site da União Brasileira das Associações de Arteterapia. Além de informações sobre Arteterapia conta com uma grande lista dos sites de entidades filiadas à UBAAT no Brasil inteiro, facilitando o acesso à informações na região mais próxima de você.
  • www.centrodearteterapia.blogspot.com.br  – Centro Integrare coordenado com muita responsabilidade e foco por Danielle Bittencourt no Rio de Janeiro. Foi o Centro onde realizei minha formação. O blog contém diversos artigos interessantes além da divulgação de cursos
  • www.alquimyart.com.br – Centro presidido pela Arteterapeuta Cristina Allessandrini, profissional muito reconhecida da área. O site contem artigos, publicações, informações sobre cursos, especialização e pós-graduação em cidades como São Paulo, Goiânia, Aracaju e Natal.
  • www.ceuaum.org.br/cursos/pos-graduacao.htm – Centro de estudos Universais filiado à Universidade Anhembi Morumbi em SP, que oferece pós-graduação em Arte Integrativa, cuja qualidade docente é excelente.
  • www.incorporarte.psc.br  – Centro Incorporarte no Rio de Janeiro que oferece também cursos em Curitiba e Florianópolis. No site encontram-se publicações e artigos bastante ricos e dinâmicos sobre diversos campos de atuação Arteterapêutica.
  • www.sab.org.br/med-terap/terap-art – Se você se identifica e se interessa pela Antroposofia de Rudolf Steiner, a terapia artística será uma ótima opção.

*Photo Credit: YannGarPhoto via Compfight cc


*Ana Carolina de Arruda é Naturóloga, Arteterapeuta, Terapeuta Corporal e Poeta ainda nas horas vagas. Decidiu não ser publicitária acreditando que sua profissão poderia ser uma extensão de seus valores e hábitos pessoais. Atualmente reside no Rio de Janeiro onde realiza trabalhos individuais e em grupo com crianças e adultos. Acesse o blog www.natunorio.blogspot.com

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Fotografia | 5 Dicas básicas para iniciantes

Agosto é um mês especial para os amantes de arte e cultura. Inspiradas em tanta criatividade, reunimos algumas luluzinhas para falar nos próximos dias do relacionamento delas, com a arte e a cultura. Cada uma do seu jeito, e cada jeito, bem especial, compartilhando um pouco da sua experiência no assunto nesta semana de arte e cultura do Luluzinha Camp. Hoje, como não poderia deixar de ser, o assunto é fotografia. Divirtam-se!

 

Pés de bebê / Vera Papini Fotografia - flickr
Pés de bebê / Vera Papini Fotografia – flickr

Oi gente, tudo bom? Meu nome é Vera*, sou fotógrafa, cat-lady, um pouco de dançarina e apaixonada pela vida.

Comecei a fotografar quando eu tinha uns 3 anos. E é sério isso. Meus pais ficavam malucos com a quantidade de filme que eu gastava. Ganhei minha primeira câmera, uma besta, daquelas compactas de viagem, quando eu tinha 9 anos. Desde então a coisa nunca mais foi a mesma!

Com a vida, além dos estudos, eu aprendi alguns macetes extremamente básicos, mas que ajudam muito a quem não sabe nadica de nada.

Eles são:

1 – Enquadramento. Claro que o clássico, a pessoa no meio, do tronco pra cima sempre funciona, mas tente fazer isso: Faça um enquadramento com a pessoa de canto, mais céu. Fica com uma cara de wallpaper, mas fica bonito, deixa de ser clichê. Outra coisa é: em fotos de grupo sempre tire foto com um pouco mais de teto que o costume. Parece estranho, mas deixa mais interessante.

2 – Anote. Eu tenho mania de meter o dedo na câmera para tirar MUITAS fotos seguidas. E sempre no caminho pra casa vou anotando o numero das fotos que eu acho que ficaram melhores e deletando as tortas e tremidas. Em casa fica muito mais fácil achar e fazer uma edição rápida.

3 – Cuidado com o flash. Conseguir VER a foto é sempre bom, mas ter flash demais (ainda mais flash direto) sempre deixa com um jeito amador demais. Não deixe o flash no automático. Deixe sem. Tire uma foto sem flash pra ver se fica bom, se tem luz, se tem contraste bonitinho. Deu certo, manda bala sem flash. Mas cuidado, sem flash as fotos tendem a sair mais tremidas. Tenha mão firme nessa hora. Na contra luz use flash sim. Acaba ficando bonito porque você ilumina o objeto e a luz do fundo preenche a cena. Outro jeito bacana de usar o flash é rebater ele numa parede ou teto. Assim o seu objeto fotografado não fica com uma luz muito dura ou com sombras e o ambiente se preenche de luz!

4 – Cuidado com a sua altura.Você já viu fotos de pessoas atarracadas mas que você sabe que são normais ou até altas? Isso acontece por causa da altura do fotógrafo. Um fotografo muito alto deixa as pessoas mais baixas atarracadinhas, e um mais baixo deixa todo mundo meio altão. Tente regularizar sua linha de horizonte com a da pessoa fotografada. Claro que outros ângulos devem ser explorados, estou falando de retrato e fotos sociais.

5 – Experimente, passeie e procure. Saia com a câmera na mão, procure coisas interessantes, ângulos novos, pessoas exóticas, casais, animais, qualquer coisa que te inspire. Fotografe eventos de rua (mas vá acompanhado e cuidado com sua câmera!), sua mãe, sua cozinha, suas miniaturas. Fotografe temas diversos, de paisagem até coisas em macro. E o mais importante. SE DIVIRTA fazendo isso!

Espero que gostem.


*Vera Papini é amante da fotografia desde sempre. Quando adolescente era quem garantia o registro dos encontros. Formação técnica em Propaganda e Publicidade pela FECAP , no SENAC iniciou com o Curso Básico e depois bacharelado em fotografia. Trabalha com registros de festas (infantis e adultas), eventos corporativos, books e fotografia de alimentos e produtos. Saiba mais no www.verapapini.com e  flickr.com/vehzitah

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“Bi”cho Estranho

ela, lucia freitas, cc
Este artigo foi escrito pela Beth, cariocat de 40 anos, Luluzinha desde 2009, editora do www.avidasecreta.com e co-fundadora do www.blogseroticos.com.br
. Foi escrito, a pedidos, depois de uma discussão em nosso grupo, exclusivamente para o LuluzinhaCamp.

Posso assegurar ninguém escolhe ser homo ou hetero e, muito menos, bissexual. E digo muito menos, pois sinto, de verdade, que o bi é um bicho estranho aos dois mundos. Objeto de curiosidade ou mal interpretado tanto lá quanto cá, seja onde for.

O primeiro contato imediato de terceiro grau que tive com sexo foi aos 6 anos com uma menina. E com a mesma naturalidade que, por curiosidade, nos tocamos, na mesma época eu também dei umas bitocas em um coleguinha de escola. Crianças são assim, experimentam sem medo. Adulto é que complica tudo.

Orientada dentro dos padrões heteronormativos cresci me envolvendo com rapazes. Era assim, não questionava. No entanto, à medida que amadurecia sexualmente fui mais flexível, ao longo da minha vida fui ousando experimentações tanto de práticas (adoro uma novidade) quanto de gêneros.

Do ménage-à-trois FMF (quando duas mulheres interagem com ele, mas não entre si) a uma relação sexual lésbica demorou um pouco, talvez porque tivesse um tempo certo, não sei… Somente depois dos 30 anos aconteceu, incentivada por um namorado que tinha o típico fetiche de ver duas mulheres se pegando. No entanto, fiz questão que esse primeiro contato fosse somente com uma menina, não seria algo nosso, seria algo meu. E foi.

Ainda foi só sexo, mas algo havia mudado, eu havia gostado! É lógico que depois tive meus momentos de neura, tipo: “Putz, como foi bom sentir o corpo dela, prová-la… Sou lésbica? Cara… Como posso ser exclusivamente lésbica se também gosto de fazer sexo com homens?”

Sem conseguir respostas segui vivendo, sem muitas encucações. Namorando homens e eventualmente saindo com mulheres, quase sempre em contextos a três, até que um dia conheci aquela por quem me apaixonei. E sabe aquela coisa de que sexo com amor é sempre melhor? Com mulheres não é diferente. Nada mesmo. É ótimo estar com quem se gosta.

Só doía a repressão social. Salvo os guetos, redutos gays, manifestações explícitas de carinho podem ser tomadas como atentado ao pudor. E a gente acaba se policiando, com despedidas discretas, como se estivéssemos fazendo algo ilícito, quando não é. Como se a única forma de amor possível fosse heterossexual. Era bem sofrido. A relação acabou porque tinha que acabar, mas ficaram boas lembranças.

Não posso dizer que, além do fator social, amar homens e mulheres facilita ou atrapalha. Relacionamentos são complicados, independente do gênero. Talvez mulheres sejam mais complicadas, não sei. No entanto, aceitam melhor a bissexualidade que eles, principalmente se forem bi também. Afinal, para um homem, entre duas mulheres sempre faltará ele. Alguns morrem de ciúmes, outros querem participar, mas… Dificilmente encaram realmente numa boa, principalmente quando há uma relação afetiva e não só sexual.

Um comentário… Desde que me envolvi homoafetivamente, curiosamente nunca mais fiz sexo à três… Me sinto completa em uma cama, tanto com eles, quanto com elas, colocar mais gente só complicaria.

No entanto o pior, o que jamais pensei, e digo isso do fundo do coração, é que pelo fato de ser bissexual fosse sofrer tanto preconceito e me sentir tão sem lugar. Tanto por parte de homossexuais, que tratam como se o bi fosse um homo enrustido, alguém que não aderiu ou traiu a causa, quanto dos heteros que pensam igual ou pior e ainda vêem o bissexual como um promíscuo. Quando nem sempre é assim.

Amo homens e mulheres. Não escolhi ser assim, do desejo ninguém foge, seria mais fácil não ser. No entanto, cada vez mais eu percebo que certas coisas a gente não escolhe, quem amar principalmente. Isso simplesmente é. E sendo, não tem muita escolha… A gente vive e pronto!

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Dicas para comprar menos e melhor

Janeiro é o período das liquidações irresistíveis. E consequentemente dos arrependimentos eternos. Foi numa liquidação de janeiro que você adquiriu aquela saia de cor, digamos… “exótica”, e que não usou até hoje.  E em sua defesa alega com veemência que o preço foi uma pechincha.

Abram os olhos meninas, um único real gasto em algo  que não é usado,  é um real desperdiçado! E nem precisa calcular muito para saber que o montante é bem maior do que uma moedinha.

Mas não serei desmancha prazeres, dizendo que devem fugir destas liquidações. Algumas são realmente muito boas, apenas venho alertá-las sobre alguns cuidados a serem observadas para que possam fazer boas compras.  A melhor maneira de aproveitar realmente as liquidações de janeiro é:  Antes de sair e entregar-se de corpo e alma ao prazer de comprar, faça uma boa arrumação no armário.

E essa arrumação não é simplesmente, mudar as coisas de lugar, dobrar, pendurá-las de outra forma. Existe uma técnica que vai ajudá-la a comprar realmente o q está faltando no seu armário. Isso sim, é investimento!

O primeiro passo é observar quais são as peças que você realmente usa.  O segundo é observar as que usa menos e pensar por qual motivo isto ocorre. Talvez a falta de outra peça para completá-la.  Anote quais peças são estas e pense numa possível peça de roupa (de preferência, única!) que possa completá-las. É isso que pode e deve procurar nas liquidações de janeiro. Coisas qie realmente precisa, por um preço que valha a pena e não somente sair carregada de outras peças que não combinam com nada do que você já tem, resultando em mais roupas encalhadas.

O terceiro passo é separar todas as roupas que não usa mais. Sem pena, ok? Nada de ficar guardando aquela calça jeans que usava aos 18 anos, que além de guardar muitas lembranças boas, guarda também a sua esperança de voltar a caber nela, mesmo do alto dos seus 30 e poucos anos, em que nossas viradas e reviradas hormonais providenciam para que nossos quadris jamais voltem a ser os mesmos.

Não enrole, vamos! Abra espaço. Isso ajudará até a melhorar sua visualização do que possui. Conheço gente que repete sempre as mesmas roupas por não conseguir lembrar de tudo que tem.

Agora, pegue estas roupas e faça uma DOAÇÃO!

Você abrirá espaço no armário e na alma, pois todo  bem traz leveza a quem o pratica.

P.S.  Este post foi escrito antes das tragédias causadas pelas chuvas em vários estados. Antes sua doação seria apenas uma boa ação. Agora ela é vital para muitas pessoas. Doe não somente roupas e calçados, mas também alimentos, água, remédios e produtos de higiene. Ajudar o próximo, é investir num mundo melhor.