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Vem pra rua: os protestos e nós 1

 

De casa eu ouvi as bombas, os fogos…tive que ir trabalhar.
No metrô me senti na ditadura, aquela em que meus pais, tios e avós viveram e sobreviveram (não sem dor, não sem medo): apesar das portas fechadas, o cheiro das bombas, dos tiros, do medo entrava sem dó nem piedade.
O restante do caminho foi calmo mas o medo e o choque de ver tudo isso que aconteceu em cima da terra enquanto eu estava lá embaixo persiste por horas, dias.
É inacreditável o quanto o homem, ser humano, pode perder a cabeça e ganhar uma grande capacidade de piorar tudo.
Erros da PM, erros de supostos manifestantes (digo supostos pois tenho certeza que no meio de quem manifesta e dá voz até aquilo que eu penso e não vou na rua tem gente que quer quebrar tudo, que quer fazer baderna); erros da gente que vota errado, que se acomoda, que deixa o país seguir nesse caminho tortuoso sem fim.
Espero que algo bom esteja por vir: que a gente acorde, que a maior parte da população acorde; que a gente não se acomode.
Porque nada disso é apenas por causa de 0,20. Vinte centavos é pouco perante toda a indignação, toda a vontade de mudança, de um Brasil melhor, de uma São Paulo melhor, de um Rio melhor.
Temos que fazer algo sim. Cada um fazendo a sua parte. E todos atrás desse objetivo tão grandioso!

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/06/protestos-desta-quinta-sao-marcados-por-excessos-da-policia-e-vandalismo.html

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