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Estupro coletivo não é presente: é crime organizado

Vamos escrever sobre o estupro coletivo na Paraíba para evitar a impunidade e o esquecimento de crime tão grave.


Mulheres em choque. Este é o único jeito de descrever as nossas reações ao estupro coletivo que aconteceu na cidade de Queimadas, Paraíba, no dia 12 de fevereiro. Se o mundo ainda não acabou, por favor, encerrem as atividades agora.
A história é sórdida: um estupro coletivo oferecido como presente de aniversário de um irmão para o outro. Os dois irmãos que organizaram o evento teriam simulado um assalto, com a ajuda de outros homens, para violentar as mulheres convidadas, usando capuzes e máscaras de carnaval. Seis mulheres foram agredidas e estupradas. Duas delas, Michele Domingues da Silva (29 anos) e Isabela Pajussara Frazão Monteiro (27 anos), identificaram seus algozes e por isso foram assassinadas.

Michele e a professora Isabela (Foto: Reprodução/TV Paraíba)

Na tarde da quarta-feira (15), os sete homens presos por suspeita de participar dos estupros de seis mulheres e mortes de duas, foram transferidos para o presídio de segurança máxima PB1, localizado em João Pessoa. Além dos sete adultos, há três adolescentes detidos. Eles foram ouvidos e levados para o Lar do Garoto, abrigo provisório localizado na cidade de Lagoa Seca.
Claro que depois de noticiar a história a imprensa não levou a história à frente. Por isso, em conjunto com o Blogueiras Feministas, o LuluzinhaCamp faz questão de convocar: publique um texto em seu blog amanhã, dia 17 de fevereiro, para que esta história não seja esquecida. E para que todas as mulheres vítimas de violência ganhem justiça – e atendimento adequado.
Para saber mais:
Homens teriam planejado estupro coletivo como presente de aniversário na PB
Estupros em festa com duas mortes na PB foram planejados, diz delegada
Sete suspeitos de estupro coletivo chegam a presídio em João Pessoa
A Lola publicou texto também: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2012/02/estupros-como-presente-de-aniversario.html

14 respostas em “Estupro coletivo não é presente: é crime organizado”

EU DOU OS PARABÉNS pela iniciativa, pode não parecer nada mais as mulheres tem mesmo de se juntar e se ajudar.

Eu fiquei estarrecida com o estupro da menina no rio de janeiro onde moro, e agora quase enlouqueci de raiva, de nojo vendo a reportagem do Fantástico.

UM MINUTO DE SILÊNCIO PELAS VÍTIMAS

Sandra Lemos

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