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Confissões de uma mãe de verdade

O depoimento de verdade da Rose, uma das lindas respostas que tivemos à discussão sobre o novo livro da MM.

Meu nome é Rose, moro no interior de São Paulo. Eu estou sempre na janelinha, pois estou terminando uma série de projetos e tem faltado tempo. Embora atrasada, gostaria de falar a respeito das opiniões da MM e minha experiência. Quando li a reportagem, jurei que ia ignorar, mas é gritante demais pra mim…

Tenho 3 filhas, hoje com 10, 9 e 8 anos.

as filhotas da Rose
as filhotas da Rose

Quando engravidei pela primeira vez, depois de 11 anos de tentativas, tratamentos e abortos, me preparei para o parto. Queria fazer parto na água, tudo ok, tudo bonito, só que a partir do quinto mês comecei a inchar e inchar… Pré eclampsia…quando o bebê estava com 40 semanas, numa consulta de rotina, minha pressão subiu muito… 20 e tantos por sei lá quanto. Só ouvi o médico “sensível” dizer: “cesárea agora senão morre a mãe e a criança”… Eu não captei direito a mensagem, estava pra lá de lá, via tudo escuro, meu marido voou comigo do consultório em frente ao Shopping Iguatemi, em São Paulo, para o São Luiz com a polícia abrindo caminho, pois pra chegar uma ambulância ali, demoraria… Só sei que foi o tempo de anestesiar, cortar e tirar o bebê… Q alivio para todos…

Apgar 9-9-10..

Quando Vitória estava com 7 meses eu planejei engravidar no ano seguinte e surpresa: estava grávida! Desmamei Vitória, fiz pré Natal e marquei cesárea… sim… afinal, quando nascesse o segundo bebê, a cesárea anterior tinha 13 meses e EU não me arriscaria fazer parto normal (pra “ser mãe”) nem que a vaca tossisse achocolatado!!! Então cesárea marcada pra 07/01/2000 e no dia 30/12 às 00:15 rompeu minha bolsa e comecei ter contrações… foi um perereco, tinha acabado de me mudar, a mala da maternidade não estava pronta, meu telefone com defeito, e dá-lhe dor… Morava na perto da Vereador José Diniz, fui levada ao São Luis pelo marido, com o outro bebê no chiqueirinho e todas as parafernálias… e dá-lhe dor… localizaram o médico e fizemos a cesárea.

Apagar 9-10-10…

E, tomando pílula, amamentando, a Bárbara tinha 4 meses e eu estava de novo grávida!!! Ai meu Jesuizinho… Aborto nem pensar… E o medo de morrer???

Passado o susto, curtimos a barriga e cesárea de novo… Desta vez com data e hora marcada: 40 semanas e pronto…

Apgar 10-10-10..

Graças a Deus tive as três, e estamos aqui vivinhas da silva!!!

Sobre depressão Pós Parto:

Na primeira filha, minha vida estava em ordem: tive uma depressão leve, durou pouco, foi mais a queda hormonal. Na segunda filha: o casamento estava quase “no lixo” e a depressão veio brava. Tomei antidepressivos naturais e todos sobrevivemos…Na terceira filha, tive depressão leve, mas sobrevivi.

Minha opinião: depressão pós-parto, todo mundo tem. Leve ou moderada. É um misto de queda hormonal, dores, bebê que chora, etc.

Sobre amamentar: a mais velha mamou até 7 meses, a do meio se recusou mamar após os 4 e a outra eu desmamei aos quatro meses porque minha outra filha teve um problema de saúde e a pequena ficava com a empregada para eu poder correr com as outras para os médicos.

Se eu não mereci amamentar ou não… Amamentei por prazer e enquanto deu… Quando virou obrigação, desmamei… Nem por isso as meninas são traumatizadas…

O saldo disso tudo é: uma mãe feliz (eu) e três meninas saudáveis, normais, equilibradas e ligadas na família…

Então, a tal MM deveria se calar, ter embasamento científico e também se basear em pesquisas antes de “abrir o bocão”… porque se este livro caísse nas minhas mãos há dez anos eu me questionaria…

Sobre trabalhar fora ou cuidar do filho: eu já estava cansada de uma profissão que não escolhi, queria repensar minha vida e o salário não compensava. Saí do trabalho, fiquei em casa “lambendo a cria” , só que com o auxilio de uma empregada e uma babá de dia, outra de noite, porque fui pra PUC estudar.

Muitos anos depois, as meninas cresceram, abri uma empresa e fui trabalhar por conta. Tá certo que às vezes eu quero botar fogo no escritório por conta do excesso de trabalho e outras coisinhas, mas vamos levando…

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Confissões Absurdas

A Deh Bortoleti levou o assunto pra nossa lista de discussão: Maria Mariana, aquela mesma, a autora de Confissões de Adolescente, disse verdadeiros absurdos sobre a maternidade em entrevista à Revista Época. Vai lá conferir (e prepare-se para ler sandices), depois volta aqui.

Nem tudo na entrevista é absurdo, mas as barbaridades que Maria Mariana fala (e escreve, já que a entrevista foi feita para divulgar Confissões de Mãe, seu novo livro) de modo tão inconsequente como se fossem verdades absolutas chocam quem tem um pingo de juízo – e podem influenciar negativamente muitas mães por aí.

Vamos a uma relação das pérolas.

“Se a mulher parir naturalmente, será uma mãe melhor.”

Como assim, Bial? Quer dizer que a mulher que precisa fazer uma cesariana para proteger sua vida e/ou a do bebê (ou que é brutalmente levada a isso por médicos preguiçosos, como é bem comum) é uma mãe ruim? Ou não tão boa quanto a que pariu naturalmente?

E quanto à mãe adotiva? Pra você, Maria Mariana, ela deixa de ser mãe só porque não pariu aquela criança?

Que escala é essa que você usa para definir que mães são melhores que outras?

“Amamentar não é um detalhe, é para a mãe que merece.”

Ah, é? E a minha mãe, que fez tudo o que pôde, mas, simplesmente, não teve leite? Será que ela não mereceu? Ora, poupe-me. É tão fácil medir o mundo pela sua própria régua e esquecer que as vivências variam de pessoa pra pessoa.

“Há mulheres que passam nove meses no shopping, comprando roupinhas, aí depois marcam a cesárea e pronto. Acabou o processo. Aí sabe o que acontece? Elas têm depressão pós-parto.”

Possivelmente, o absurdo-mor. Depressão, Maria Mariana, é um quadro clínico. É uma doença, um desequilíbrio químico. Ninguém tem depressão pós-parto por fazer enxoval ou marcar cesárea. Por outro lado, há mulheres que têm parto normal e sofrem com a doença. Se você não teve depressão pós-parto, sorte a sua.

“Deus preparou o homem para estar com o leme na mão.”

É mesmo? Diga isso para as milhares de mães solteiras espalhadas pelo Brasil. Ou para as milhões mundo afora.

“Apanhar cueca suja que o marido deixa no chão é um aprendizado de paciência e dedicação.”

Esse foi o melhor exemplo que você pode dar sobre o que é casamento? A minha visão de casamento tem a ver com parceria, não com com a mera (e desigual) realização de tarefas domésticas.

Maria Mariana, suas declarações cairiam bem na boca de uma adolescente mimada que não amadureceu o suficiente para perceber que cada pessoa tem suas próprias experiências e que o mundo nem sempre funciona segundo seus valores ou sua realidade.

Espero que seu livro seja um fracasso de vendas e que não incuta idéias erradas e preconceitusas em atuais e futuras mães.

O assunto tem reverberado pela blogosfera. Veja outros textos (mais completos) sobre o assunto:

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Luluzinhas aprendem a manejar dinheiro

Julia Reis e Marcelo (Pergunte ao Urso) foto: Caio Novaes
Julia Reis e Marcelo (Pergunte ao Urso) foto: Caio Novaes

No último LuluzinhaCamp sorteamos dois cursos de educação financeira do Disop, oferecidos pelo Dinheirama. Infelizmente, uma das sorteadas não conseguiu ir. Mas foi uma delícia escutar o que a Júlia Reis aprendeu por lá:

O curso é bacana, com uma abordagem mais motivacional do que técnica.

E ainda ganhei uma moedinha dourada porque participei de um teatrinho para simular uma compra de celular. Um senhor ainda chegou a dizer que eu deveria ser atriz – ou comediante.

Saí de lá atualizando minhas planilhas de excel com gastos diários e crente que eu vou conseguir guardar dinheiro na vida – mesmo sendo jornalista, blogueira e crescido num período de master inflação. Parece então que o curso funcionou, né?

A metodologia do Disop é baseada em 4 pilares: Diagnóstico, Sonho, Orçamento e Poupança. Eles não te dizem onde investir o dinheiro, por exemplo. Mas mostram como é possível juntar uma grana para seus sonhos – viagem, casamento, casa na praia, etc. – mesmo que você tenha um orçamento curto. As simulações de juros sobre juros são legais para pensar em guardar dinheiro pra comprar um imóvel à vista ou para atingir um objetivo.

Alguns exemplos são claros: Se a gente consome R$ 30 em pizza toda semana, em 30 anos teremos deixado mais de R$ 500 mil com o pizzaiolo. Isso não quer dizer que devemos deixar de comer pizza, mas mostra que é possível juntar grana para uma independência financeira, né?

(E economizar em besteiras, claro: 500 mil em pizza, tô em choque até agora…)

Uma dica bacana é baixar as planilhas no site para controlar nosso orçamento e gastos: http://www.disop.com.br/secoes/downloads?menu
Há uma somente para simular os rendimentos do dinheiro poupado ao longo dos anos, com as fórmulas já prontas graçasadeussss!

As outras Luluzinhas, claro, não deixaram por menos e a conversa ficou tão legal que a gente combinou de publicar aqui (e o post ficou nos rascunhos por mais de mês, que vergonha!)

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LuluzinhaCamp por Luluzinhas #prontofalamos

mawa no espelho
foto: Roberta Zouain, Mawa no Espelho, no Flickr do LuluzinhaCamp

Claro que logo depois do último encontro, na véspera do aniversário da Zel (que também é dia da mulher), rolou um conversê danado no nosso grupo de discussão – que aliás, sempre está lá. Entre o vai-e-vem de posts surgiram definições muito interessantes deste work in progress chamado LuluzinhaCamp. Não, o que você vai ler não é um thread inteiro. São trechos (que eu, LuFreitas, considerei os melhores) que nos definem e explicam.

Srta. Bia: já vi vários caras twittando que “as luluzinhas deveriam ter cuidado para não fazer um evento de gênero” ou que “deveriamos ter cuidado para não segregar”. Mas dizer que “nos reunimos para comer brigadeiro” foi a primeira vez que vi.

Algumas pessoas realmente não entendem o que é o espírito do Luluzinha Camp. Mesmo aqui em Brasília, que vão poucas meninas, comparado a RJ e SP, é completamente diferente de um encontro de blogs. E é lógico que é um evento de gênero, ou eles pensam que nos reunimos para se vestir de homens. Homens e Mulheres são diferentes sim, até em eventos de internet.

Maíra Termero: Eles que façam um encontro de bolinhas e parem de mimimi, não?

Roberta Zouain: a do brigadeiro eu realmente nunca tinha visto, mas e’ bem verdade que muita gente acha que a gente ta “segregando” e que nao faz sentido um encontro so de blogueiras – lembro bem de alguns reclamando pra mim e pra lucia em alguns nobs, antes do 1° luluzinhacamp. eles alegavam que nao havia segregacao nos barcamps/blogcamps e que, com isso, a gente criaria mais preconceito. a gente tentava explicar que tinha um mundo de mulheres blogueiras que nao se sentia a vontade em eventos como os blogcamps, e por isso simplesmente nao iam, ou iam e nao abriam a boca. conto nos dedos (de uma mao so, alias) as mulheres que conheci no primeiro barcamp (gabiN e lu entre elas). mas nao adiantou, claro. o que eles nao entendem e’ que o que nos une nem e’ tanto o fato de termos blogs, e mais o fato de sermos mulheres com interesses em comum, *entres eles* blogs e internet. alias, acho que e’ justamente isso que sustenta o “modelo” luluzinha (tamos podendo!): o fato de o assunto nao ser unica e exclusivamente blogs (no caso, os nossos proprios). foi isso, na minha modesta opiniao, que acabou desgastando muito o modelo do blogcamp; nos ultimos que fui tinha muita gente querendo falar do proprio umbigo e pouca gente a fim de realmente conversar e trocar experiencias. eu adoraria ver um evento reunindo todo mundo – bolinhas e luluzinhas – que seguisse mais o modelo luluzinha e menos o blogcamp, mas infelizmente nao consigo ver isso acontecendo no curto prazo. #prontofalei 🙂

Lu Monte: Esse teu desabafo merecia um post no teu blog, Roberta. Assino embaixo.

Aqui, do que menos falamos foi blogs. Rolou papo sobre esportes, gatos, relacionamento, maquiagem, noticiário, tudo. E nada de umbiguismo. Nada de monetização. Nada de estatísticas. Ai, como isso é BOM!

E não temos brigadeiro, mas temos uma torta suflair que nos une, oh, yeah!

Gabi Bianco: O “espírito lulu” não leva em conta pagerank ou a expressão na “meritocracia informal da internet”. A mulherada é mais colaborativa, desejosa de trocar experiencias, mais receptiva…

Eu, que sou despachadíssima, por vezes me sinto reprimida nos encontros de blogueiros. Aquele ambiente cheio de especialistas em SEO, que manjam de programação, que acham facílimo mudar todo o layout… Credo! Nos LLcamp a gente tem nossas especialistas – mas elas são muito mais receptivas!

O gostoso do Luluzinha é mesmo poder falar, poder rir, poder perguntar sem medo de se sentir burrinha.

E se eles se sentem segregados, que vão pro Hooters ver garçonetes pseudo-gostosas… =D

Srta Bia de novo: O fato que eu acho mais lindo no Luluzinha Camp é que a colaboração nasceu de forma espontânea. Essa lista nasceu simplesmente para que pudéssemos organizar quem levaria o que no primeiro Lulu em agosto do ano passado. Desde então a lista virou um mega ponto de encontro de meninas interneteiras.

É super comum em blogcamps as pessoas reclamando que não tinha lanche, que tem que ter camiseta e blá blá blá, aposto que pouquíssimas pessoas levantam a mão para perguntar se os organizadores estão precisando de ajuda. “Colaboração” é a melhor palavra que para mim define os encontros do Luluzinha Camp. E esse espírito colaborativo reflete nas conversas e no carinho que temos umas com as outras. Estamos ali para trocar idéias e não para mostrar quantos pageviews meu blog tem. Estamos ali para divulgar projetos e não para medir o tamanho do meu adsense.

Fiquei hiper mega feliz quando Lu Freitas e Garcia Sales disponibilizaram os selinhos. Estampo meu selinho “eu sou Luluzinha” no blog orgulhosíssima.

Garcia Sales (aka Jujuba, a designer): Ro e Gabi: falaram e disseram!
os camps vao acabar e o luluzinhacamp vai estar lá firme e forte.
Não vou me alongar porque ôo no celular, só digo que esse grupo é genial e me traz motivação monstro na vida fazer parte dele.
Beijos a todas
E as lulus que não estão no ggroup estão perdendo!

Debora Bortoleti: Sabe que eu acho que os homens não aguentam e vem com esse #mimimi?? É que a gente se organiza e vive MUITO BEM (ou melhor) sem eles… o problema é que eles não conseguem fazer o mesmo sem a gente… (minha avó já dizia isso)

E melhor ainda: a-gente-tem-brigadeiro-nos-encontros! UHUU!!

Ah, homens. Que preguiça.

B. Serei apedrejada se eu disser que adoro Analytics, SEO e dicas sobre monetização?

E que senti falta sim no evento do RJ e dei idéia para que tivesse algo assim no próximo?
E adoraria recebê-las de meninas que sacam TUDO do assunto e não se importariam em compartilhar com as que não sacam NADA?
Sorry, mas acho que tem Lulu pra tudo né? A Rachel Barbosa, do RJ, fez um post bem legal sobre mulheres que não se matam por um rímel da Lancôme (nada contra). Estou falando isso só pra ilustrar a diversidade das mulheres que vão ao evento e como todas conseguem conviver em harmonia.
Portanto, fica a dica, pelo menos aqui no RJ se tiver no próximo evento coisas mais específicas, oficinas para blogs. Eu amaria sim!!!!
Tão gostoso quanto trocar receitas e falar de artigos de sexshops (e eu adoro isso, hein?) é me informar adequadamente, com alguém que não faz aquela cara irritada quando eu comento que não entendi pela décima vez… risos (meu sócio odeia, quando tico e teco entram em curto).
LuFreitas: B, o correto é que no Luluzinha exista espaço inclusive pra conversar sobre SEO, layout, programação. Aqui em Sampa já rolou e continuará a rolar, sempre que for solicitado.
O nosso evento aqui é bem mais anárquico (pelo que vi nas fotos) do que o que vocês fizeram por aí. coisas de lufreitas, que abre a casa e deixa todo mundo à vontade.
Aqui não tem crachá – tem etiqueta e não tem problema se descolar 😛
Aqui a gente pela primeira vez fez agenda – só pra se tocar que não rola, atrasa mesmo e a festa é livre e solta
Em tempo: a Lulu fundadora (eu mesma) e as suas comparsas também gostam de nerdices. Temos muitas Luluzinhas nerds (muito lindas inclusivemente) que adoram estes papos – mas detestam o umbiguismo reinante em outros lugares #prontofaleitambém.
Gabi Bianco (de novo): Tão apedrejada quanto se disser que gosta de futebol, ou que é engenheira, ou que não usa maquiagem… ou seja, nada. Luluzinha não apedreja ninguém. (exceto o arcebispo e/ou padrasto pedofilo estuprador)

E SEO e analytics não são crime! Nunca! O que me incomoda é que nos camp normais os meninos muitas vezes se focam nisso como se fosse a única e mais importante coisa que se faz com o blog, sabe? Nao abrem espaço pra falar de nada que não gere visitas ao blog… e como tudo que é excessivo, isso é chato pra burro.

E ó, ninguém se mata por causa de rímel não! O sorteio foi civilizado – embora eu tenha mesmo visto uns olhares assassinos quando eu ganhei o Oscilation…. hehehehehehehehehe
(brincadeira, meninas!)

Taí, pauta pro próximo encontro: conversa sobre ferramentas pro blog. Eu quero também, sou cheia de dúvidas. Quem sabe fazer?

Mel (que iniciou o tópico)

Eu visto a camisa do LuluzinhaCamp onde estou, e quando comentaram comigo que “se reunem pra comer brigadeiro” acho que se a pessoa nao tivesse falado por MSN ela teria ficado que nem Bandit (cachorro do Jonhy Quest)… não pelo comentário, porque este é um pais livre, mas sim pelo preconceito… Aqui demonstramos que mulheres podem, sim, viver em grupos, que não existe revachismo barato como sabemos sim que existe entre eles que tanto se incomodam com os nossos encontros.
E comentando com minha mãe, ela me disse algo que achei fantástico. Homem, por natureza, é um ser inseguro, e quando vê ao seu lado mulheres independentes, modernas, inteligentes, etc. e tal, se unindo em um objetivo  comum vêem seu mundo ficar ameaçado e desandam a criticar, a querer colocar areia.
Do jeito que eles se incomodam com o nosso grupo, dá até a impressão que estamos nos reunindo para Dominar o Mundo.
IMO, em vez disso deveriam aproveitar e pegar a experiência que deu certo, e tentar se organizarem… foi falado algo que nos eventos em geral falta arregaçar a manga e perguntar se precisam de ajuda… e quer exemplo maior que nós Luluzinhas fizemos pro TWESTIVAL? Algum “Bolinha” teve a iniciativa de ir a sua lista de discussão, a seus amigos e pedir HELP? Vimos como o Fê estava correndo com a organização, o patrocinio difícil e lá fomos nós ajudar – e não era um evento so de meninas!!!
Eu ando cansada de tanto #mimimi masculino, de verdade!! Acho que tá na hora deles se mexerem um pouco e pararem de criticar a iniciativa do outro que deu certo!!!
EU AMO SER LULUZINHA e ter vocês como amigas, confidentes, companheiras de risadas e choros!! Vocês sao fantásticas meninas!!!
Cintia Costa: Concordo com a Ro. Eu sempre ia aos Camps e via conversas dominadas por meninos, discutindo monetização, programação e essas coisas, e não me sentia muito parte de tudo isso. Acho que os Luluzinhas são muito mais gostosos. Até porque, não é um encontro de tecnologia. Para mim, é um encontro de relacionamento, de inspiração e de parcerias. E cheio de quitutes gostosinhos!! Os Camps de meninos não tem nem um pãozinho de queijo, coisa mais largada, né… 🙂
Roberta Z. (de novo): ai gente…ta vendo o que eu tava falando? eu ha tempos que me sentia assim, cansada desses eventos. sai de quase todas as listas de discussao que participava, nao tenho mais ido aos outros camps e mesmo no cparty fiquei praticamente so trabalhando ou na area de musica/fotografia. mas nunca tinha falado isso pra ninguem – fora em algumas “conversas de canto”. aqui foi o unico lugar que me senti ‘a vontade pra falar mesmo, sem medo das pedradas. muito bom ver que nao sou a unica a me sentir assim 🙂

nao e’ uma questao de bolinhas x luluzinhas. embora, claro, quando o individuo fica la, manhoso, 3 dias em casa sem levantar a bunda da cama porque diz que esta gripado, enquanto vc trabalha, estuda, cozinha e cuida do individuo gripada (gripe que pegou dele, naturalmente) E com colica, realmente nos de aquela vontade de mandar um “homem nao sabe se virar sozinho mesmo!”. como eu disse, adoraria ver um evento bolinhas + luluzinhas como os nossos, mas isso so vai ser possivel quando entenderem que nao e’ um encontro pra comer brigadeiro (ou pra falar mal do homens, como muitos tambem pensam).

Eli Mafra (aka Mafrinha): Luluzinha camp virou um grupo gigante de amigas. é assim que eu vejo pelo menos.
Onde todas podem ficar a vontade, tanto que minha irmã disse que quer participar do próximo – e já colocou o selinho no blog, diferente de mim, bad mafrinha! Quando na vida a Mafra primogênita ia querer participar de um Barcamp?? Jamé! Por que os assuntos de Barcamp não interessam a ela.
Luluzinha é bom por que tem espaço pra tudo, de monetização a brigadeiro.

Seria legal se um evento de moços e moças funcionasse no mesmo esquema Lulu, não quero que os demais camps acabem, mas os rapazes poderiam entender o espirito colaborativo e o colocarem em pratica.

É engano meu ou o Hooters ano passado não rolou? os meninos miaram, quase ninguém apareceu… coisa assim, não?
O problema é que os meninos mal conseguem se reunir pra tomar cerveja sem fazer confusão, sem se atrasar, sem confundir o bar…
Uma hora eles aprendem, param de criticar e adotam nosso sistema =)

Gabi Nardy: Também concordo com tudo que a Roberta disse. =)

Barcamps e blogcamps deixaram de funcionar aqui no Brasil há algum tempo. O primeiro que teve aqui em sampa (aquele que eu e a Robs nos conhecemos) foi muito bom, mas depois a coisa “degringolou”.

Assim como muitas aqui já disseram, perdi completamente a paciência para esses eventos de pessoas “internéticas”. No começo as pessoas se reuniam para compartilhar conhecimento, conhecer gente nova e interessante, começar projetos, enfim. Eu realmente posso dizer que o primeiro Barcamp SP mudou a minha vida (além da Robs, conheci a Lu Freitas, Aninha Brambilla, Dani Silva, Avório, Kazi, Weno, Bianca Santana e mais um monte de gente que hoje são amigos queridos e ajudaram muito na minha vida profissional).

Nos eventos atuais, como a Robs falou, a maioria está muito mais preocupado em “vender o seu peixe”, em se mostrar fodão, falar que tem o melhor blog, a melhor agência. etc. Tô sem paciência total para essas coisas. A lista da luluzinha é a única que eu participo hoje em dia, assim como o nosso encontro é único que eu não perco por nada. O luluzinhacamp é um encontro para fazer amizades, tocar projetos, compartilhar informações e conhecimento como um dia o barcamp já foi.

É uma pena que os homens não consigam entender isso e reduzam nosso encontro a fofocas e brigadeiro. Mas sabe, não vou chorar por eles.

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Dia da Mulher: Maria Paula pra vocês

No dia 6, rolou o III Fórum Claudia pela Mulher Brasileira. O Flickr deu uma cortada básica (regras são regras) no vídeo, mas este depoimento da Maria Paula é pra vocês, Luluzinhas, para pensarmos mais um pouquinho nas imposições que se fazem sobre nós.

Eu vou converter tudo bonitinho e colocar no Vimeo e publicar inteirinho aqui (e vocês vão continuar com enjôo, porque câmera tremida não tem jeito…). Fiquem com o trailer (que é bom) para pensarmos em nós, neste dia da Mulher.

Update: 

Ontem no LuluzinhaCamp aqui em S. Paulo, a gente combinou de fazer uma corrente para se “auto-excomungar” da Igreja Católica em protesto contra a atitude pra lá de estranha do Arcebispo de Olinda e Recife, que excomungou médicos, família e menina de NOVE anos (vítima de estupro, grávida de gêmeos) e nem comentou o estuprador. 

Meu padastro querido já escreveu sobre isso e nem estava sabendo da corrente.

A Letícia prometeu post para hoje no Cozinha da Matilde (junto com a receita do cuscuz e do lessi – é assim que escreve)?

Gente, não vamos deixar o cansaço e a alegria de nosso encontro ontem turvarem nosso senso de justiça. Vamos conversar sobre isso. Vale mesmo, num Estado Laico (sim, nosso estado não é religioso), uma igreja tomar atitudes tão violentas e unilaterais – e contra a lei – quando a gente luta extamente contra a violência e pela igualdade no tratamento? 

Isso é justo? 

Entrem na roda, mandem seus links e a gente publica… quem não tem blog e quiser colocar seu texto aqui, use o formulário de contato